QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
Veja-se que a 9 de maio de 1759, os vereadores da Câmara
de São João Del Rei receberam e abriram “duas cartas
dos senhores governadores desta capitania, uma do Ilmo. e
Exmo. sr. conde de Bobadela e outra do sr. José Antônio
Freire de Andrada”. Só então, após responder as cartas, cuidaram
“nas disposições do quilombo e também na aposentadoria
para o sr. José Antônio Freire de Andrada”, ou seja,
arrumaram aposentos para receber na cidade o governador José
Antônio 1803 .
Portanto, quem comandou tudo, mais uma vez, foi Gomes
Freire de Andrade sendo seu irmão apenas o governador
de palha perante a Câmara de São João Del Rei que, da mesma
forma, foi usada para esconder os cordéis de Bobadela.
Assim, depois de três anos de preparativos, “no dia 18
de maio de 1759 chega o governador (José Antônio) com sua
comitiva a São João Del Rei que, durante meses, passou a ser
a capital das Minas gerais” 1804 .
Protagonistas Atacantes das Batalhas de 1759
Em fevereiro de 1759, ao que parece, Bartolomeu Bueno
do Prado já estava mais prestigiado que Diogo Bueno, seu
primo, perante a Câmara de São João Del Rei.
Realmente, chegando o governador a São João Del Rei
em 18 de maio de 1759, o comando geral foi mesmo tirado de
Diogo Bueno da Fonsceca e dado a Bartolomeu Bueno do
Prado.
“Havendo passado a esta vila obrigado da necessidade
que havia de se fazer a expedição que estava projetada para
o Quilombo Grande, cheguei a ela em 18 deste mês, ajuntando-se
a Câmara desta e da Vila de São José com homens que
pudessem falar sobre esta tão importante matéria se sentou já
1803 Acórdão da Câmara de São João Del Rei, digitalização Acórdãos 04, nº.000130 da UFJF, fls. 132v do
livro de acórdãos.
1804 Negros e Quilombos em Minas Gerais, p. 46 – confere em APM-SC-123, p. 76 e v.
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