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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

do que deixara exposto nesse livro todo o preconceito que, na<br />

verdade - assim como a maioria de nós mineiros nascidos antes<br />

de 1950 - tinha contra os negros em geral.<br />

Este preconceito, sem dúvida, fez com que o mestre visse<br />

a informação, mas não enxergasse o fato. Chegou a criar<br />

sofismas para garantir pontos de vista deformados e – paradoxalmente<br />

– para tentar dizer que foi pequeno e sem importância<br />

tudo aquilo que os próprios documentos e informações<br />

que trazia à luz e descrevia diziam ser grande e importante.<br />

É inegável, no entanto, a importante contribuição de Almeida<br />

Barbosa. Seu preconceito, o meu preconceito, o nosso<br />

preconceito é apenas fruto do meio e do tempo em que nascemos<br />

e vivemos.<br />

Dois outros historiadores mineiros, no entanto, mesmo<br />

sendo contemporâneos de Waldemar de Almeida Barbosa,<br />

apesar de não se aterem exclusivamente ao quilombismo, deram<br />

à historiografia mineira dois monumentos: 1) monumento<br />

à preservação cultural negra nas <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, que é o livro O<br />

Negro e o Garimpo das <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, de Aires da Mata Machado<br />

Filho; 2) monumento à inclusão do negro, como homem,<br />

mineiro e livre na nossa historiografia, que é o livro A<br />

Abolição em <strong>Minas</strong>, de Oíliam José.<br />

Enfatize-se que as interpretações dadas aos fatos pelo<br />

prof. Waldemar de Almeida Barbosa – dado o preconceito de<br />

sua época - nem sempre subsistem ilesas à investigação lógico-formal.<br />

Porém, excetuando o caso do folhetim de Carmo<br />

Gama, podemos atestar a sua fidedignidade, mesmo quando<br />

não cita suas fontes, porque nas várias vezes que procuramos<br />

conferir suas afirmações, sempre comprovamos a existência<br />

de fonte geralmente primária, apesar de, às vezes, omitida.<br />

O Ambrósio de Ibiá – Tombamento Equivocado<br />

A localização do Campo Grande confunde-se - e foi<br />

confundida ainda mais pela historiografia - com a localização<br />

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