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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

do número de casas, totalizando, os outros nove, 1077 casas<br />

que, a seis habitantes cada uma, totalizaria uma população de<br />

6.462 habitantes que, somados aos 480 das 80 casas do Cascalho,<br />

totalizariam 6.942 almas nos quilombos do Sapucaí. Afora<br />

os quilombos Talhados, Marimbondo e Muzambo que não<br />

constaram do mapa do capitão França.<br />

Assim, o total de quilombolas nos dois núcleos do<br />

Campo Grande de 1758-1760 atingiria 9.942 habitantes.<br />

A considerar o total de 24 quilombos apontados no<br />

mapa 2282 , onde nove são indicados como despovoados, a média<br />

de casa por quilombo seria de 108, o que totalizaria 2.592<br />

casas, ou seja, uma população de 15.552 almas. Como se sabe,<br />

muitos dos núcleos do Campo Grande-II só foram descobertos<br />

depois de 1761 e, portanto, não estão apontados nesse<br />

mapa. É de se considerar, também, a hipótese de haverem quilombos<br />

falsos, construídos pelos quilombolas com o fim de<br />

despistar os atacantes que, pensando terem sido evacuados,<br />

ficavam a procurar os fugitivos nas redondezas, tese que, no<br />

entanto, merece maiores fundamentos.<br />

Diogo de Vasconcelos, apesar de não citar suas fontes,<br />

registra que em 1752, por ocasião do ataque à expedição do<br />

pe. dr. Marcos Freire de Carvalho, “os quilombolas eram orçados<br />

em mais de vinte mil negros, mulatos e, de permeio deles,<br />

se contavam criminosos e facínoras. Os quilombos avaliavam-se<br />

por dezenas e, destes, eram quatro fortíssimos por<br />

natureza, populosos como vilas, quais foram as do Ambrósio,<br />

do Zundu, do Careca e do Calaboca, situadas aquém e além-<br />

Sapucaí” 2283 .<br />

Os números de Diogo de Vasconcelos, fixados em<br />

1752, encontram verossimilhança na carta que a Câmara de<br />

Sabará enviou ao rei em 20 de novembro de 1752, onde, reiterando<br />

a proibição do uso de armas pelos negros, introduz-se<br />

2282 Sem se considerar os quilombos Talhados, Marimbondos e Muzambo revelados no processo de Paiva<br />

Bueno.<br />

2283 História Média de <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, p. 184.<br />

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