QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
cava na “(...) serra vertentes do rio Sapucaí, defronte do destruído
Quilombo do Ambrósio (...)” 1238 . Isto, realmente, confere
com o mapa do Campo Grande que mostra, de um lado e de
outro do rio Grande, portanto, defronte um do outro: a) na
margem direita, a “Primeira Povoação do Ambrósio Despovoada”;
b) na margem esquerda do rio Grande, “Quilombo da
Boa Vista, aonde se fez a situação o cap. França”.
Os fatos acima constituem a mais precisa prova de que:
1) a Primeira Povoação do Ambrósio realmente se localizava
em Cristais;
2) que o quilombo atacado em 1746 pelo comandante
Antônio João de Oliveira foi o de Cristais;
3) que, em 1758, Diogo Bueno atacou suas “relíquias”,
situadas provavelmente entre as serras da Forquilha e da Saudade,
rumo à sede do atual município de Aguanil;
4) que, o Quilombo do Ambrósio de Ibiá foi atacado somente
em 1759 por Bartolomeu Bueno do Prado, sem a presença
de Diogo Bueno.
Conclusão Sobre o Núcleo Três Pontas do Campo
Grande
Três fatos nos levam a crer que o ataque aos quilombos
do núcleo de Três Pontas tenha ocorrido em 1743: 1) a conotação
com a segunda tomada de Campanha; 2) vetor da expedição
de 1746 que saiu do Sítio dos Curtumes (Casa Grande)
e caminhou a oeste, fazendo um circuito de cerca de 51 léguas;
3) as atas da Guardamoria de Carrancas deixam claro
que nenhum quilombo da região foi atacado em 1760, sendo
que o Cascalho atacado ficava na margem esquerda do Sapucaí.
Esse núcleo de quilombos não atacados em 1760 é denominado
no mapa de Todo o Campo Grande como “Parte da
1238 Revista do Archivo Público Mineiro, Ano II, 1897, p. 386.