QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
Peixe até a região de Formiga, em 1752. Somente em 1744
foi que a Vila de São José Del Rei, conquistando o arraial do
Tamanduá, levou até ali a fronteira da Comarca do Rio das
Mortes e das Minas Gerais.
Em 1798, reclamando do desmembramento de três povoações
de seu território, a vila de São José Del Rei, fala do
Quilombo do Ambrósio, sem qualquer das conotações que a
carta da Câmara de Tamanduá (1793) fizera em relação à Capitania
de Goiás:
“Nos seus princípios não tinha ela (Vila de São José)
mais que território da vila, o pequeno arraial de Prados, e
alguns lavradores em roda, em distâncias de três até quatro
léguas: tudo o mais eram sertão incultos, que gentios e negros
fugidos faziam inabitáveis.
A diligência de nossos antecessores rebates (sic) sempre
os insultos desta gente bárbara, até que a poder de forças e
despesas, chegou a conquistar a picada de Goiases e campo
grande, destruindo vários quilombos de escravos fugidos e
facinorosos e, principalmente, o célebre quilombo do Ambrósio,
para cuja destruição, além de muita gente e armas que
aprontou, despendeu mais de seiscentos mil réis 1422 .”
As sesmarias requeridas pelos oficiais das tropas atacantes
de 1746, entre março e abril de 1747, contêm referências
claras à região da Primeira Povoação do Ambrósio: a sesmaria
do capitão Antônio João de Oliveira foi pedida “na paragem
chamada a Lagoa, para cá da serra da Boa Esperança das
Minas Gerais”; o outro capitão, Manoel de Souza Portugal,
incluiu em sua medição a “parte nascente para a serra da
Boa Esperança”; a de Manoel Ribeiro de Souza, ficava “na
paragem do Campo Grande e vizinha da picada que vai para
Goiás, termo da Vila de São José, Comarca do Rio das Mor-
1422 Termo de junta da Fazenda Real 173v e 174, Vila de São José, 14.07.1798, contendo, ao final da matéria
a informação “extraído de um original existente Arquivo Público Mineiro”. In Revista do APM, vol.17, 1912,
p. 427/431.
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