QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
seu governo em São Paulo somente no ano de 1743, sem prejuízo
de outras viagens que ainda teve de fazer.
Fica evidente que, numa primeira fase, o poder colonial
já articulara junto ao Conselho Ultramarino uma política
de criar e de oferecer novos cargos e honrarias militares para
os aristocratas da Capitania de São Paulo exatamente no Sul,
em Goiás e no Mato Grosso, ou seja, nas novas minas por eles
mesmos descobertas. A vila de São Paulo do Piratininga e outras
vilas paulistas, com a retirada de sua vaidosa aristocracia,
estavam morrendo à míngua. Desse modo, a reação de dom
Luiz Mascarenhas contra o expansionismo de Gomes Freire
não pôde contar com o apoio da ausente nobreza paulista.
Após a última vitória de Lustosa, Mascarenhas começou
a articular a máquina administrativa e tributária necessária
para administrar de fato a região da margem esquerda do
rio Sapucaí: “Em 17 de julho de 1746, Veríssimo João de
Carvalho 1503 foi nomeado, pelo governador de Minas, dom
Luís de Mascarenhas 1504 , "intendente do novo descoberto de
Santa Ana do Sapucaí", enquanto Manuel Lourenço Barbosa
era, no mesmo dia, designado "escrivão da Intendência das
Minas do Sapucaí". Acreditamos que, posteriormente, esta
Intendência se transformou em Intendência Comissária e foi
removida para Jacuí. (Fontes: RAPM, 1897, 474-475 - Documentos
Interessantes, 11:35/37 e 73:147)” 1505 .
Gomes Freire, em 22 de setembro de 1746, mandou os
oficiais de São João Del Rei enviarem petição ao rei, através
da qual iniciaria processo administrativo perante o Conselho
Ultramar, contra Lustosa e dom Luiz Mascarenhas, onde a
premeditação e o sofisma enganchados na produção de provas
por declarações e atestações, traduziram a marca registrada de
1503 Português, casado em São Paulo com a paulista Maria de Godoy; descobridor das minas de ouro do Cabo-
Verde, município localizado entre Muzambinho, Monte Belo, Divisa Nova e Botelhos.
1504 O autor se equivocou: dom Luiz era capitão-general da Capitania de SÃO PAULO e não de Minas Ge-
rais, cujo capitão-general era Gomes Freire.
1505 http://www.receita.fazenda.gov.br-Historico-SRF-historia-catalogo_colonial-letrai-letrai_ intenddoou-
ro.htm