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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

Totalmente dependente do pai, o jovem Maciel via-se ameaçado<br />

de perder seu patrimônio em virtude das ordens de Melo<br />

e Castro. A ação contra os devedores também prejudicava<br />

Freire de Andrade, casado com a filha do capitão-mor, d. Isabel<br />

Querubina de Oliveira Maciel” 169 .<br />

“Atrás dos ativistas estavam os homens mais respeitáveis,<br />

alguns conhecidos por todos os responsáveis pela deflagração<br />

da revolta. (...). Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa e<br />

o cônego Luís Vieira eram homens 'que tinham ascendência<br />

sobre os espíritos dos povos a que Freire de Andrade se referiu,<br />

falando a Alvarenga. A missão deles era a de elaborar as<br />

leis e a Constituição do novo Estado, articulando a justificativa<br />

ideológica do rompimento com Portugal” 170 .<br />

“Por trás dos ativistas e dos ideólogos havia um terceiro<br />

grupo de homens, mais discretos, também interessados<br />

na ruptura com Portugal. A pólvora tinha sido assegurada<br />

aos conspiradores por Domingos de Abreu Vieira. O velho<br />

contratante era intimamente vinculado a muitos dos principais<br />

inconfidentes. Oliveira Rolim era seu hóspede em Vila<br />

Rica desde que retornara do Rio e ele protegia o Alferes Silva<br />

Xavier. Em suas operações financeiras mantinha relações íntimas<br />

com Cláudio Manoel da Costa, que era seu advogado<br />

nas questões legais atinentes ao contrato dos dízimos. Como<br />

seus colegas arrendatários de tributos 171 , Abreu Vieira estava<br />

em dívida com a Fazenda Real: devia mais de 197:867$375<br />

réis do preço do contrato, e é evidente que o velho respeitável<br />

negociante português envolveu-se na conspiração só por um<br />

motivo: porque ela proporcionava um meio de eliminar suas<br />

dívidas (...) 172 . E que as atividades de Abreu Vieira e Aires<br />

Gomes só representavam o cimo do 'iceberg': associadas a<br />

eles havia outras pessoas importantes, raramente mencionadas<br />

nas reuniões conspiratórias (...). Entre estes, com toda a<br />

169 A Devassa da Devassa, p. 143.<br />

170 A Devassa da Devassa, p. 147.<br />

171 Grifos, nossos.<br />

172 Inclusive através do Instituto Jurídico da Delação.<br />

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