QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
limitava: córrego e sítio das Contendas; córrego e sítio do
Quilombo; córrego e local chamados Boa Vista.
As testemunhas do neto de Bartolomeu afirmaram que
as 197 casas desse quilombo eram “todas Barreadas e de Beira
Alta” 2166 . O mapa do capitão França atribuiu-lhe 220 casas.
A população de 1182 ou de 1320 pessoas pode ter sido
totalmente exterminada, o que explicaria a vala comum – possivelmente
sob a capelinha nas nascentes do córrego das Contendas
– onde podem ter sido enterrados os brancos do quilombo,
mas que os habitantes mais antigos de Divinolândia
pensam ser um “cemitério de índio”.
Aqui se encerra a seqüência, interligada por uma “trilha”,
dos quilombos “do Jacuí” do mapa do capitão França,
único lugar neste livro, em que pese terem roubado toda a história,
onde o autor não resistiu e se valeu da crônica fundamentada
para devolver a história dos Sertões do rio Grande e
Jacuí.
Bartolomeu e suas tropas devem ter voltado diretamente
para o arraial da Conceição de São Pedro de Alcantra
do Jacuí onde, com seu barril de orelhas decepadas, deve ter
levado o terror para garantir que os descobertos fossem manifestados
e os mineiros se submetessem e entregassem o que
era deles para os reinóis indicados pelos Freire de Andrade,
protegidos pelos sanguinários Buenos do Prado.
A décima segunda testemunha de Paiva Bueno confirmaria
em 1800, “(...) que no dito descoberto denominado
Jacuí houveram minas de ouro no ribeirão de São Pedro e no
rio de São João, além de outros mais córregos, em cujo descoberto
houve partilhas pelo guarda-mor geral, a cuja repartição
assistiu o dito capitão-mor, avô do justificante, evitando
com a sua assistência todos os tumultos e motins que costumam
haver entre os povos em semelhantes ocasiões (...)” 2167 .
2166 Verbete nº. 11295 do IMAR/MG, Cx. 155, Doc. 7, 9 de dezembro de 1800, AHU, Rolo 140, p. 105-b.
2167 Verbete nº 11295 do IMAR-MG, cx. 155, doc. 7, AHU.
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