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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

no, estava abandonado 1963 , com paióis cheios de roças plantadas,<br />

é que os negros, por seus espias, notaram a aproximação<br />

de soldados e, diante do volume de tropa que se aproximava,<br />

julgaram mais acertado fugir. Não porém, para os lados<br />

de onde tinha vindo a tropa; alguns fugiram para leste,<br />

para os lados do Paraopeba” 1964 . Aqui há duas possibilidades:<br />

a) o local chamado Paraopeba de Baixo, em território<br />

do atual município de Paraopeba, ficava do outro lado do rio<br />

São Francisco, passando pelos atuais Martinho de Campos,<br />

Pompéu e Papagaios.<br />

b) sendo o local chamado Peropeba, ou Paraopeba de<br />

Cima 1965 , ficaria distante, limítrofe ao território do atual Município<br />

de Passa Tempo, nordeste de Oliveira, entroncamento<br />

para o região dos atuais municípios de São Brás do Suaçuí,<br />

Entre Rios e Queluzita, quilombos atacados em 1741, onde<br />

ficaram acantonados José Luiz Cardoso e suas tropas 1966 . Porém,<br />

nesta hipótese “b”, esse “<strong>Quilombo</strong> Grande” poderia ficar,<br />

isto sim, ao sul de Cristais, território do atual município<br />

de Aguanil.<br />

Encontramos em carta de 23 de outubro de 1759 que,<br />

de São João Del Rei, escreveu o governador ao capitão-mor<br />

Antônio Ramos dos Reis 1967 , a notícia de que: “Pelas partes<br />

do Paroupeba tem saído para o <strong>Quilombo</strong> Grande um grande<br />

número de negros que, dos ditos quilombos saíram antes de<br />

se dar neles como a Vossa Mercê fez ciente o capitão Antônio<br />

Francisco França (...). Fala da prisão de um guia que informara<br />

de que outros aliciadores foram para Vila de São João<br />

1963 Negros e <strong>Quilombo</strong>s em <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, p.48; e ainda A Negação da ordem Escravista, p. 60, citando As<br />

Metamorfoses do Escravo, de Ianni, p. 145, citando SCAPM, S.G., Cód. 123, p. 103.<br />

1964 Negros e <strong>Quilombo</strong>s em <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, p. 48.<br />

1965 Também referida como “a Paraopeba das <strong>Minas</strong>, Comarca do Rio das Mortes” in Verbete n. 7891 do<br />

IMAR/MG, Cx. 100, Doc. 23 - 26.02.1771 – AHU.<br />

1966 Negros e <strong>Quilombo</strong>s em <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>, p. 46, sem citação documental.<br />

1967 Oficial de Vila Rica, a esta época, segundo outros documentos do IMAR-MG.

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