QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
lis, quando foi destituído, sendo o comando passado a Bartolomeu
Bueno do Prado por razões ainda desconhecidas.
Em 1759, com preparos bem mais sofisticados e muito
mais armados que em 1746, Gomes Freire, escondido atrás de
seu irmão e da Câmara de São João Del Rei, mandou que o
paulista Bartolomeu Bueno do Prado desfechasse o ataque ao
Ambrósio-II. O ataque se fez dentro de um projeto estratégico-militar,
postando tropas na retaguarda do Campo Grande,
tanto à margem esquerda como à margem direita do rio Grande.
Em meados de outubro de 1759, depois de destruídos
os quilombos do Triângulo Goiano, as tropas de Bartolomeu
se juntaram na barra do Sapucaí, e dali partiram para a maior
de todas as carnificinas num ataque maciço a 11 quilombos,
chamados por Sapucaí, onde, segundo Pedro Taques, só Bartolomeu
Bueno do Prado matou mais de 2 mil pretos.
Os documentos oficiais acusam mortandade em todos
os quilombos, porém, só há informação do número de mortos
em dois quilombos, totalizando apenas 54 quilombolas mortos.
Historiadores do século XX e de hoje, contestando o
contemporâneo Pedro Taques de Almeida Pais Leme 2485 , têm
alinhado os maiores disparates para negar essa carnificina,
onde só Bartolomeu, segundo o bem informado Pedro Taques,
apresentou 3.900 pares de orelhas tiradas aos pretos mortos.
O embuste dos historiadores que negam a mortandade é introduzido
através da confusão de datas, escondendo o ataque de
dezembro de 1758 ou janeiro de 1759 – comandado por Diogo
Bueno – subdimensionando o ataque de Bartolomeu Bueno
aos quilombos do Triângulo Goiano com seus 3 mil habitantes,
e omitindo os quilombos atacados por último, também por
Bartolomeu Bueno, como se fossem um único quilombo chamado
Sapucaí, quando eram 11 quilombos com uma população
de cerca de 6 mil habitantes.
2485 Nascido em 1714 e falecido em 1777.
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