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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

cular e partir para a viabilização dos planos combinados, à<br />

menor pressão, partiram, isto sim, para a traição dos supostos<br />

planos, delatando verbalmente e por escrito quase que simultaneamente<br />

a suposta revolta para o governador. Claro que<br />

somente o primeiro denunciante, neste sistema, é que seria agraciado<br />

com as benesses da lei.<br />

Primeiramente, na trilha do livro Tiradentes de Oíliam<br />

José, passemos em revista os nomes dos traidores mais conhecidos:<br />

1 - Tenente-coronel Basílio de Brito Malheiro do Lago;<br />

português, nascido na Comarca de Viana, em Portugal;<br />

sonegador dos quintos do ouro, mercador de escravos e pessoa<br />

de procedimento censurável. “Teve conhecimento da Conjuração,<br />

principalmente por intermédio do Alferes, que tratou<br />

do assunto nas vezes em que viu Malheiro na casa do sargento-mor<br />

José Joaquim da Rocha em Vila Rica, e por meio de<br />

conversas ouvidas na estalagem das Cabeças, de José Fernandes.<br />

(...). O documento de sua denúncia traz a data de 15<br />

de abril de 1789 e foi escrito em Vila Rica. Antes disto, porém,<br />

apresentou delação verbal ao governador, a mando de<br />

quem, aliás, voltou a Mariana e Vila Rica, para espionar especialmente<br />

o cônego Luís Vieira e Cláudio Manoel da Costa<br />

(...)” 196 . Em seu testamento de 25 de outubro de 1806, registrou:<br />

“(...) todo povo das <strong>Minas</strong> e mesmo de todo o Brasil me<br />

concebeu um implacável ódio, depois que se premeditou uma<br />

conjuração nas minas para matarem o visconde de Barbacena”<br />

197 .<br />

2 - Tenente-coronel Domingos de Abreu Vieira; era<br />

português, nascido em São João do Cousieiro, Comarca de<br />

Viana, Arcebispado de Braga, devedor da Coroa, rico contratador,<br />

conforme já se demonstrou. “Preso na manhã de 23 de<br />

maio, pela escolta do tenente-coronel Antônio Xavier de Rezende<br />

(...). Teve a fraqueza de escrever em 28 de maio de<br />

196 Tiradentes, p. 69.<br />

197 Tiradentes, p. 68, citando Revista do Archivo Público Mineiro, Ano I, 1896, p. 414.

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