QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
Confirmando as evidências anteriores, o nome de Diogo
Bueno da Fonseca não é mencionado no processo supracitado,
ficando claro que não tenha participado também do ataque aos
quilombos do “Sapucaí” de 1759.
Como vimos, o padre João Correia de Melo, em 28 de
agosto de 1759, antes do ataque ao Triângulo Goiano, já fizera
a posse eclesiástica “das terras do rio Grande, Agoapé até
a Barra do Sapucaí e daí para diante correndo rumo do sul
pela conquista dentro de Bautista Maciel e Pedro Franco até
o Quilombo Velho...” 2027 .
O mapa do Campo Grande traz a indicação e referência a
“Serra de Pedro Franco” 2028 , entre os rios da Conquista e Sapucaí,
conotando-se, pois, com mais este documento de 1759.
Tomando os dados de todos os mapas e documentos acima,
vejamos primeiramente as delimitações dos Sertões do
Rio Grande e do Jacuí, verdadeiro nome da região nominada
pelo governador José Antônio Freire – a mando do seu irmão
Gomes Freire - como “Sapucaí”.
Os Sertões do Rio Grande e Jacuí e o Mapa do
Capitão França
A região quilombola escondida pela expressão “Sapucaí”
na verdade, era conhecida dos paulistas como Sertões do Rio
Grande. A segunda posse ao bispado de São Paulo 2029 , feita
pelo pe. Marcos Freire em 1761 delineou perfeitamente essa
região:
a) a cerimônia de posse ocorreu num local chamado Desemboque,
às margens do rio Grande, “da parte do poente,
fronteira ao sol que nasce das Gerais, junto da picada que
fizeram as companhias militares, que vieram conquistar os
2027 Archidiocese de Mariana, p. 111-112.
2028 Trata-se de Pedro Franco Quaresma, descobridor dos achados do rio São Pedro e Comprido de Ibiá
(1752), chamado de Misericórdia por Pamplona (1765), e do Rio São Pedro do Jacuí (1755).
2029 A 1ª foi a de 04 de março de 1755 – in Documentos Interessantes – SP, p. 64-65.