QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

QUILOMBO DO CAMPO GRANDE
HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO
tros 27 companheiros, o que significa que a expedição de
1758 pode ter tido mesmo um contingente de mais de 40 pessoas
e que as canoas utilizadas tivessem sido as mesmas 20 de
1758.
Portanto, ficando, a Primeira Povoação do Ambrósio, ao
norte do atual território do município de Cristais-MG, o tal
Quilombo Grande de que falou a correspondência de José Antônio
Freire de Andrade, “junto ao do Ambrósio, que da outra
vez foi destruído”, poderia ser aquele situado a sudeste de
Cristais, em território do atual município de Aguanil, cujo
nome primitivo era Água Limpa.
Aguanil fica ao lado direito da serra da Forquilha, tendo
a nordeste as nascentes do rio da Água Limpa, hoje, ribeirão
Aguanil que, recebendo um potente afluente esquerdo, deságua
no rio Grande, num local identificado (1970) como Loteamento
Iate Clube 1776 . Esse afluente esquerdo se chama córrego
do Quilombo, cujas nascentes ficam entre a serra da Forquilha
e a sede municipal de Aguanil. Ao sul das nascentes do
córrego do Quilombo, fica a serra da Saudade e, a sudoeste,
beira do rio Grande, fica a serra da Gurita, local, onde poderia
ter sido o posto de observação dos quilombos que vigiava o
rio Grande 1777 .
A petição de Vicente Ferreira de Paiva Bueno, neto de
Bartolomeu Bueno do Prado, bem como a maioria de suas testemunhas,
se referiram ao “Quilombo Queimado” 1778 , referências
que, em vista daquelas contidas nas atas de 1760 da
Guardamoria de Carrancas, bem como, da carta da Câmara de
Tamanduá de 1793, só podem ser relativas ao quilombo “jun-
1776 Esse local, na carta Boa Esperança, IBGE, 1951, 1:100 000, na foz do ribeirão da Água Limpa do rio
Grande, margem direita, há a Fazenda do Quilombo, norte do Porto do Jacaré; à margem direita das nascentes
do Água Limpa, sul do morro da Forquilha, sudeste de Aguanil, há os topônimos Batalha, córrego da Batalha e
Fazenda do Paiol.
1777 Mapa Fl. 58, Nº N1, O3, Depto. Geográfico de MG, integrado ao IBGE, datado de 1951 – deságua no rio
Grande. Esse mesmo ribeirão, no Mapa de 1970 do IBGE, SF-23-C-IV-3.
1778 Verbete nº 11295 do IMAR/MG, Cx. 155, Doc. 7, AHU, 9 de dezembro de 1800.
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