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QUILOMBO DO CAMPO GRANDE - Quilombo Minas Gerais

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<strong>QUILOMBO</strong> <strong>DO</strong> <strong>CAMPO</strong> <strong>GRANDE</strong><br />

HISTÓRIA DE MINAS QUE SE DEVOLVE AO POVO<br />

em <strong>Minas</strong> <strong>Gerais</strong>. Tratava-se de posição por ele mesmo escolhida,<br />

especialmente, porque tinha amplos interesses (terras<br />

de mineração) no sul da capitania” 156 .<br />

O grande inimigo vislumbrado por Pombal eram os<br />

interesses econômicos ingleses que, com a ajuda da corrupção<br />

de portugueses, dominavam e sugavam a economia do Reino<br />

dia a dia. A forma de combate escolhida foi o direcionamento<br />

de fortes investimentos de modo a favorecer o surgimento de<br />

grandes magnatas na iniciativa “privada”, mesmo na Colônia.<br />

Mas, Pombal exagerou um pouco!<br />

“O Estado pombalino, em suas criações administrativas,<br />

em ambos os lados do Atlântico, envolvera magnatas locais<br />

e negociantes em órgãos do governo, com uma deliberação<br />

que raiava ao desvario. Comerciantes e homens de negócio<br />

tinham sido atraídos para as seções administrativas da<br />

Fazenda Real, feitos delegados da Junta de Comércio de Lisboa,<br />

nomeados para Intendências Coloniais do Ouro, transformados<br />

em funcionários fiscalizadores da administração<br />

dos diamantes. Até na magistratura eles figuravam: Alvarenga<br />

Peixoto (...)” 157 .<br />

Realmente, quanto aos ingleses, Pombal conseguira o<br />

intento de obstar-lhes os ganhos fáceis e reduziu muitos de<br />

seus magnatas a sérias dificuldades. Porém, a nível interno de<br />

Portugal e de Brasil, não se pode dizer que o Reino tenha lucrado<br />

com tal política; ao contrário: a abertura à iniciativa<br />

privada e a mistura desta ao governo gerou e ampliou a corrupção<br />

das instituições e dos costumes; nunca se vira tanta<br />

corrupção!<br />

Os ingleses ficaram muito tempo com as barbas de<br />

molho, esperando ocasião, como se diz em <strong>Minas</strong>: “Luís Pinto<br />

de Souza Coutinho, sucessor de Martinho de Melo e Castro<br />

na embaixada de Londres, advertiu confidencialmente em<br />

1776 que nenhuma decisão concreta poderia ser esperada da<br />

156 A Devassa da Devassa, p. 64, citando M. Rodrigues Lapa, in Vida e Obra de Alvarenga Peixoto.<br />

157 A Devassa da Devassa, p. 87, citando M. Rodrigues Lapa, in Vida e Obra de Alvarenga Peixoto.

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