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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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124 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

28. Quanto a mim, é bom aproximar-me <strong>de</strong> Deus. Literalmente,<br />

a redação é: E eu etc. Davi, falando expressamente <strong>de</strong> si mesmo,<br />

afirma que, embora visualizasse toda a humanida<strong>de</strong> em estado <strong>de</strong> alienação<br />

<strong>de</strong> Deus e vagueando após os vertiginosos erros e superstições<br />

do mundo, não obstante insistiria em prosseguir sempre na luta <strong>de</strong><br />

aproximar-se <strong>de</strong> Deus. Que os <strong>de</strong>mais pereçam, diz ele, se suas voluntariosas<br />

paixões não se <strong>de</strong>ixam refrear e nem impedir que corram<br />

após os enganos do mundo; quanto a mim, porém, continuarei firme<br />

na resolução <strong>de</strong> manter uma santa comunhão com Deus. Na sentença<br />

subseqüente, ele nos informa que nos achegarmos para bem perto <strong>de</strong><br />

Deus é uma atitu<strong>de</strong> correta, quando nossa confiança prossegue solidamente<br />

firmada nele. Deus não nos susterá em sua mão a menos que<br />

nos convençamos plenamente da impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> continuarmos<br />

firmes e seguros <strong>de</strong> outra forma senão tão-somente por sua graça. Esta<br />

passagem é digna <strong>de</strong> <strong>de</strong>tida observação, para que não sejamos conduzidos<br />

por maus exemplos, associando-nos aos ímpios e agindo como<br />

agem, ainda que o mundo inteiro ceda à incredulida<strong>de</strong>; mas para que<br />

aprendamos a <strong>de</strong>sviar nossas afeições <strong>de</strong> outros objetos e volvê-las<br />

exclusivamente para Deus. Concluindo, o salmista notifica que, <strong>de</strong>pois<br />

que houver se <strong>de</strong>votado com exclusivida<strong>de</strong> a Deus, nunca mais lhe faltará<br />

motivo para louvá-lo, já que Deus nunca frustra a esperança que<br />

seu povo <strong>de</strong>posita nele. Disto se segue que ninguém amaldiçoa a Deus<br />

nem murmura contra ele, senão aqueles que voluntariamente fecham<br />

seus olhos e se envolvem <strong>de</strong> trevas para não conhecerem nem observarem<br />

sua providência e se <strong>de</strong>ixarem induzir a <strong>de</strong>clarar sua fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong><br />

e proteção.

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