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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 104 • 653<br />

festa no maravilhoso arranjo por meio do qual o curso do sol e<br />

da lua suce<strong>de</strong> alternadamente um ao outro; pois a diversida<strong>de</strong><br />

em sua mudança mútua longe está <strong>de</strong> produzir confusão, ou, seja,<br />

que todos <strong>de</strong>vem perceber a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar algum<br />

método melhor <strong>de</strong> distinguir o tempo. Ao lermos que a lua foi <strong>de</strong>signada<br />

para distinguir as estações, os intérpretes concordam que<br />

isso se <strong>de</strong>ve enten<strong>de</strong>r como referência às festas ordinárias e <strong>de</strong>signadas.<br />

Os hebreus haviam se acostumados a computar seus meses<br />

pela lua, e isso servia para regular seus dias e assembléias festivos,<br />

tanto sacros quanto políticos. 18 O profeta, não tenho dúvida,<br />

fazendo uso <strong>de</strong> sinédoque, expressa uma parte pelo todo, sugerindo<br />

que a lua não só distingue os dias das noites, mas igualmente<br />

<strong>de</strong>termina os dias, anos e meses festivos e, em suma, correspon<strong>de</strong><br />

a muitos propósitos, visto que a distinção <strong>de</strong> tempos é tomada <strong>de</strong><br />

seu curso.<br />

Quanto à sentença, O sol conhece seu ocaso, a entendo não só em<br />

referência a seu circuito diário, mas como também <strong>de</strong>notando que, ao<br />

gradualmente pôr-nos mais perto <strong>de</strong> um tempo e <strong>de</strong>ixando-nos mais<br />

afastados <strong>de</strong> outro, ele sabe como regular seus movimentos pelos<br />

quais produz verão, inverno, primavera e outono. Afirma-se ainda que<br />

os animais da floresta se movem durante a noite, porque é a medo<br />

que saem <strong>de</strong> seus covis. Alguns traduzem o verbo ?mr, ramas, andar;<br />

mas a significação própria que lhe tenho dado não é ina<strong>de</strong>quada; pois<br />

ainda que a fome às vezes <strong>de</strong>ixa os animais selvagens furiosos, todavia<br />

velam nas trevas da noite, para que possam mover-se à vonta<strong>de</strong>, saindo<br />

<strong>de</strong> seus escon<strong>de</strong>rijos, e por causa <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>stemor são <strong>de</strong>scritos<br />

como a mover-se.<br />

21. Os leões rugem após seu presa. Ainda que os leões, caso a<br />

fome os compila, saiam <strong>de</strong> seus covis e rujam mesmo ao meio-dia,<br />

todavia o profeta <strong>de</strong>screve o que mais comumente ocorre. Ele, pois,<br />

18 “A maior parte das festas judaicas, como a Lua Nova, a Páscoa, o Pentecostes etc., era governada<br />

pela lua.” – Dimock.

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