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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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684 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

pois, os egípcios não exercessem ainda publicamente sua cruelda<strong>de</strong><br />

contra o povo, quando seu número e força foram aumentando, todavia<br />

o profeta os chama perseguidores. É certo que os israelitas, mesmo<br />

quando foram oprimidos como escravos, se constituíram num terror<br />

para seus inimigos; e Moisés afirma claramente [Êx 1.12] que quando<br />

estavam sob tirania e injusta opressão, era ainda ricamente manifesto<br />

que a bênção <strong>de</strong> Deus repousava sobre eles.<br />

[vv. 25-30]<br />

Ele retroce<strong>de</strong>u o coração <strong>de</strong>les para que odiassem seu povo e tratassem<br />

seus servos com astúcia. Enviou a Moisés, seu servo; a Arão a quem ele escolheu.<br />

Puseram no meio <strong>de</strong>les as palavras <strong>de</strong> seus sinais e seus milagres<br />

na terra <strong>de</strong> Cam. Enviou trevas e fez-se escuro; e não foram rebel<strong>de</strong>s contra<br />

suas palavras. Converteu suas águas em sangue e matou seus peixes. Sua<br />

terra produziu rãs até nas câmaras <strong>de</strong> seus reis.<br />

25. Ele retroce<strong>de</strong>u o coração <strong>de</strong>les para que odiassem seu povo.<br />

Os egípcios, ainda que a princípio bondosos e anfitriãs dóceis para<br />

com os israelitas, vieram <strong>de</strong>pois a ser inimigos cruéis; e isso também<br />

o profeta atribui ao conselho <strong>de</strong> Deus. Sem dúvida foram induzidos a<br />

agir assim movidos por um espírito perverso e maligno, pela soberba<br />

e inveja; porém mesmo isso não se <strong>de</strong>u sem a providência <strong>de</strong> Deus,<br />

que <strong>de</strong> uma maneira incompreensível assim concretizou sua obra nos<br />

réprobos, como que das trevas ele fizesse romper a luz. A forma <strong>de</strong><br />

expressão a alguns parece um tanto ru<strong>de</strong>, e por isso traduzem o verbo<br />

passivamente, seu (isto é, dos egípcios) coração se retroce<strong>de</strong>u. Mas isso<br />

é pobre e não se a<strong>de</strong>qua ao contexto; pois vemos que o objetivo expresso<br />

do escritor inspirado era pôr todo o governo da Igreja em Deus, <strong>de</strong><br />

modo que nada po<strong>de</strong> acontecer senão <strong>de</strong> acordo com sua vonta<strong>de</strong>. Se<br />

os ouvidos sensíveis <strong>de</strong> alguns se ofen<strong>de</strong>m com tal doutrina, então que<br />

se observe que o Espírito Santo inequivocamente afirma em outros lugares,<br />

como faz aqui, que as mentes dos homens são impelidas daqui<br />

para ali por um secreto impulso [Pv 21.1], <strong>de</strong> modo que não po<strong>de</strong>rão<br />

nem farão coisa alguma exceto como Deus quer. Que <strong>de</strong>mência nada

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