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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 74<br />

O povo <strong>de</strong> Deus, neste Salmo, <strong>de</strong>plora a <strong>de</strong>solada condição da<br />

Igreja, que era <strong>de</strong> tal vulto que o próprio nome <strong>de</strong> Israel fora quase<br />

extinto. Transparece <strong>de</strong> suas humil<strong>de</strong>s súplicas que imputavam a seus<br />

pecados pessoais todas as calamida<strong>de</strong>s que suportavam; ao mesmo<br />

tempo, porém, punham perante Deus seu próprio pacto por meio do<br />

qual adotara a raça <strong>de</strong> Abraão como seu povo peculiar. Depois evocam<br />

a memória <strong>de</strong> quão po<strong>de</strong>rosa e gloriosamente havia Deus nos dias <strong>de</strong><br />

outrora ostentado seu po<strong>de</strong>r no livramento <strong>de</strong> sua Igreja. Reanimandose<br />

por tais consi<strong>de</strong>rações, eles suplicam-lhe que por fim venha em seu<br />

auxílio e remedie condições tão <strong>de</strong>ploráveis e <strong>de</strong>sesperadoras.<br />

Instrução <strong>de</strong> Asafe.<br />

A inscrição, lyk?m, maskil, se harmoniza muito bem com o tema<br />

do Salmo; porque, embora ela às vezes se aplique a temas <strong>de</strong> uma<br />

<strong>de</strong>scrição triunfante, como se po<strong>de</strong> ver no Salmo 45, não obstante, em<br />

geral, ela indica que o tema tratado envolve os juízos divinos, pelos<br />

quais os homens são compelidos a mirar a si próprios e a examinar<br />

seus próprios pecados, <strong>de</strong> tal modo que se humilham perante Deus.<br />

É fácil <strong>de</strong>duzir, à luz do conteúdo do Salmo, que sua composição não<br />

po<strong>de</strong> ser atribuída a Davi; pois em seu tempo não havia motivo para<br />

uma condição tão <strong>de</strong>bilitante e calamitosa da Igreja como é aqui retratada.<br />

Os que endossam uma opinião diferente alegam que Davi,<br />

mediante o espírito <strong>de</strong> profecia, predisse o que não havia ainda ocor-

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