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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 102 • 595<br />

alto? Contra o Santo <strong>de</strong> Israel.” E no versículo imediatamente prece<strong>de</strong>nte,<br />

o profeta diz: “A virgem, a filha <strong>de</strong> Sião, te <strong>de</strong>spreza, <strong>de</strong> ti<br />

zomba; a filha <strong>de</strong> Jerusalém meneia a cabeça por <strong>de</strong>trás <strong>de</strong> ti.” Certamente<br />

é um inestimável conforto que, quanto mais insolentes são<br />

nossos inimigos contra nós, mais impelido é Deus em nos socorrer.<br />

Na segunda sentença, o escritor inspirado expressa com mais veemência<br />

a cruelda<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus inimigos, ao falar <strong>de</strong> sua fúria contra<br />

ele. Como o verbo llh, halal, o qual temos traduzido por enfurecer,<br />

geralmente significa louvar, po<strong>de</strong> aqui ser entendido como tendo, à<br />

guisa <strong>de</strong> antífrase, sentido que é o próprio oposto – os que me <strong>de</strong>sprezavam<br />

ou me repreendiam. Mas é melhor seguir a interpretação<br />

comumente aceita. Há quem mantém que são tidos como enfurecidos<br />

porque manifestavam sua própria loucura, evi<strong>de</strong>nciando <strong>de</strong> sua<br />

maneira <strong>de</strong> agir que eram pessoas sem préstimo; mas tal opinião<br />

faz <strong>de</strong>masiada violência ao texto. O sentido mais satisfatório é que<br />

o povo <strong>de</strong> Deus acusa os que o insultam <strong>de</strong> o tratar com cruelda<strong>de</strong><br />

ou ódio furioso.<br />

9. Porque tenho comido cinzas no pão. Há quem crê que a<br />

or<strong>de</strong>m aqui está invertida, e que a letra k, caph, sinal <strong>de</strong> similitu<strong>de</strong>,<br />

que é posta antes <strong>de</strong>

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