31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Salmo 80 • 273<br />

8. Tu trouxeste do Egito uma vi<strong>de</strong>ira. Sob a figura <strong>de</strong> uma vi<strong>de</strong>ira,<br />

celebra-se a graça singular que Deus graciosamente aprouve exercer<br />

para com seu povo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> o haver redimido. E isso contribuiu po<strong>de</strong>rosamente<br />

para inspirá-los com a esperança <strong>de</strong> serem ouvidos. Pois<br />

qual <strong>de</strong> nós seria tão presunçoso ao ponto <strong>de</strong> chegar-se à presença <strong>de</strong><br />

Deus sem que ele mesmo previamente nos tenha convidado? Ora, ele<br />

nos atrai para si por meio <strong>de</strong> seus benefícios e <strong>de</strong> sua Palavra. O objetivo<br />

em vista, ao apresentar agora sua liberalida<strong>de</strong> diante <strong>de</strong>le, consiste<br />

em que ele não <strong>de</strong>ixaria inacabada a obra <strong>de</strong> suas mãos, a qual havia<br />

começado. Aliás, é verda<strong>de</strong> que, sem sua Palavra, os benefícios que ele<br />

nos tem conferido fariam uma pálida impressão em nossos corações;<br />

mas quando a experiência se soma ao testemunho <strong>de</strong> sua Palavra, ela<br />

gran<strong>de</strong>mente nos encoraja. Ora, a re<strong>de</strong>nção da qual se faz menção aqui<br />

estava inseparavelmente conectada ao pacto divino; pois Deus fizera,<br />

há quatro séculos antes, um pacto com Abraão, no qual ele prometeu<br />

o livramento <strong>de</strong> sua semente. O que se afirma equivale, em suma, a<br />

isto: não convém que Deus agora tolere que a vi<strong>de</strong>ira que ele plantara<br />

e cultivara com tanto <strong>de</strong>svelo, com sua própria mão, seja <strong>de</strong>vastada<br />

por feras selvagens. O pacto <strong>de</strong> Deus não foi feito para durar apenas<br />

uns poucos dias, ou por pouco tempo; quando adotou os filhos <strong>de</strong><br />

Abraão, ele os tomou sob sua proteção para sempre. Pela palavra<br />

vi<strong>de</strong>ira notifica-se que o sublime lugar que este povo conservava na<br />

estima <strong>de</strong> Deus, que não só se aprazia em mantê-los como sua herança<br />

peculiar, mas que também os distinguia por honra peculiar, mesmo<br />

porque uma vi<strong>de</strong>ira é mais excelente que todas as <strong>de</strong>mais possessões.<br />

Quando se diz que a terra ou o solo foi purificado, esta é uma repetição<br />

do que foi afirmado previamente, a saber: que os pagãos tinham recusado<br />

<strong>de</strong>ixar lugar para o povo escolhido. Entretanto, talvez a alusão<br />

o fruto, dilacera e quebra, com suas afiadas e po<strong>de</strong>rosas mandíbulas, os ramos da vi<strong>de</strong>ira; ou,<br />

com seu focinho, vai até suas raízes, a danifica com seu toque ou a pisa sob seus pés.” – Paxton’s<br />

Illustrations, vol. ii. p. 66. Homer se queixa das selvagerias <strong>de</strong>sse animal (Ilíada, ix. 535); e Mr. Ward<br />

observa que os búfalos e cães selvagens fazem selvagerias semelhantes nos pomares dos hindus;<br />

para o impedir, homens são postos dia e noite em posições próprias a fim <strong>de</strong> protegê-los contra os<br />

mesmos. – Ward’s Hindoos, vol. ii. p. 327.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!