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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 106 • 721<br />

para aplicar o castigo. Mas como geralmente se admite que o profeta<br />

aqui está falando <strong>de</strong> juramento, 20 minha opinião coinci<strong>de</strong> prontamente<br />

com esta. A prática <strong>de</strong> erguer a mão, como se invocassem a Deus no<br />

céu, era um rito solene e usual entre eles, acompanhado <strong>de</strong> um juramento;<br />

e por isso é impropriamente aplicado a Deus, cuja sublimida<strong>de</strong><br />

se põe acima <strong>de</strong> todas as coisas e o qual, como diz o apóstolo, não<br />

po<strong>de</strong> jurar por alguém maior que ele [Hb 6.13]. Portanto, ao empregá-<br />

-lo <strong>de</strong>ve-se ter em mente que ele o toma emprestado dos costumes<br />

comuns que prevaleciam entre eles. Não fora a Terra Santa preservada<br />

ao povo pelas orações <strong>de</strong> Moisés, terrível <strong>de</strong>veras teria sido sua<br />

dispersão.<br />

[vv. 28-31]<br />

E se juntaram a Baal-peor e comeram os sacrifícios dos mortos. E provocaram<br />

Deus à ira com suas obras; 21 e prorrompeu a praga entre eles. E<br />

Finéias levantou-se e executou justiça; e a praga cessou. E esse ato lhe foi<br />

imputado para justiça <strong>de</strong> geração em geração para sempre.<br />

28. E se juntaram a Baal-peor. O profeta nos diz que os ju<strong>de</strong>us, <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> serem ameaçados com castigo em extremo terrível, logo caíram<br />

em nova espécie <strong>de</strong> apostasia. Há quem pensa que são indiretamente<br />

acusados <strong>de</strong> apostasia em relação às superstições dos midianitas, em<br />

<strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> haverem cedido à intriga feminina. Esse, como bem se<br />

sabe, foi o <strong>de</strong>sígnio <strong>de</strong> Balaão, assim que soube que lhe fora proibido<br />

por Deus amaldiçoar o povo. Seu conselho ao rei Balaque foi que se<br />

pusessem as filhas <strong>de</strong> Moabe diante do povo com o intuito <strong>de</strong> atraí-<br />

-los com seus encantos à prática da idolatria: “E eis que estas foram<br />

as que, por conselho <strong>de</strong> Balaão, <strong>de</strong>ram ocasião aos filhos <strong>de</strong> Israel <strong>de</strong><br />

transgredir contra o Senhor no caso <strong>de</strong> Peor; por isso houve aquela<br />

praga entre a congregação do Senhor” [Nm 31.16]. E como a idolatria<br />

20 A passagem se refere ao juramento que Deus fez contra esse povo registrado em Números<br />

14.21-23. Há no Salmo 95.11 uma alusão ao mesmo juramento. A Caldaica parafraseia assim: “Ele<br />

ergueu sua mão com um juramento.”<br />

21 Algumas versões em português trazem “suas invenções”. Horsley diz: “seus divertimentos”.

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