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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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236 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

conquista da terra ou obtido a posse pacífica <strong>de</strong>la por seu próprio<br />

po<strong>de</strong>r. Como se afirma no Salmo 44.3: “Pois não conquistaram a<br />

terra por sua espada, nem seu braço os salvou, mas tua <strong>de</strong>stra e teu<br />

braço, e a luz <strong>de</strong> tua face, porquanto te agradaste <strong>de</strong>les.”<br />

55. Ele expulsou os pagãos <strong>de</strong> diante <strong>de</strong>les; e lhes fez cair sua<br />

parte na herança. Estas palavras são uma explicação da sentença final<br />

do versículo prece<strong>de</strong>nte: <strong>de</strong>screvem a forma como a terra <strong>de</strong> Canaã foi<br />

adquirida, notificando claramente que os israelitas não eram uma raça<br />

guerreira, nem aquelas nações pagãs tão covar<strong>de</strong>s, ao ponto <strong>de</strong> tornar<br />

uma questão fácil para aquela conquistar estas, e que teria sido impossível<br />

que aquela expulsasse estas do país não tivesse sido levada<br />

à vitória sob a diretriz <strong>de</strong> Deus e sido socorrida por seu po<strong>de</strong>r. Além<br />

disso, lhes teria sido ilícito assumir a posse do país não fora a vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Deus que os primeiros habitantes se vissem privados <strong>de</strong>le e que<br />

estrangeiros se estabelecessem nele em seu lugar.<br />

56. E tentaram e provocaram o Deus Altíssimo. Aqui são exprobrados<br />

por terem perseverado em agir perfidamente, não obstante os<br />

muitos emblemas do divino favor pelos quais se distinguiram. Sim,<br />

mesmo quando Deus, <strong>de</strong> tempo em tempo, lhes conferiu novos benefícios<br />

a fim <strong>de</strong> restaurá-los a seu antigo compromisso para com ele, não<br />

obstante, por sua rebelião, sacudiram seu jugo. Com respeito ao verbo<br />

tentar, já explicamos sua conotação. Acrescenta-se, porém, em geral<br />

que provocaram a Deus em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> não guardarem seu pacto. Por<br />

meio <strong>de</strong>sta última sentença, sua franca e grosseira rebelião é ainda mais<br />

cabalmente <strong>de</strong>monstrada; porque, embora tivessem sido claramente<br />

instruídos em seus <strong>de</strong>veres, não obstante se recusaram a submeter-<br />

-se à autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. A lei é chamada testemunhos ou contratos, 51<br />

porque, como os homens fazem contratos sob certas condições, assim<br />

Deus, por meio <strong>de</strong> seu pacto, fez um contrato com este povo, e os comprometeu<br />

a si. Ao falar <strong>de</strong>les nesses termos, pronuncia-se sobre eles<br />

uma censura não branda; mas quando, no próximo versículo, são acu-<br />

51 “Ou, Convenances.” – v.f.

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