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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 91<br />

Neste Salmo somos ensinados que Deus vigia sobre a segurança<br />

<strong>de</strong> seu povo e jamais o abandona nos momentos <strong>de</strong> perigo. São exortados<br />

a avançar pelo meio dos perigos na confiança <strong>de</strong> sua proteção.<br />

A verda<strong>de</strong> inculcada é <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> prática, pois embora<br />

muitos falem tanto da providência divina e confessem crer que Deus<br />

exerce uma vigilância especial sobre seus próprios filhos, poucos são<br />

aqueles que realmente se dispõem a confiar-lhe sua segurança. 1<br />

[vv. 1-4]<br />

Aquele que habita no lugar secreto do Altíssimo permanecerá à sombra do<br />

Onipotente. Direi a Jehovah: Ele é a minha esperança e a minha fortaleza:<br />

1 Admite-se ser este Salmo um dos mais excelentes <strong>de</strong> toda a coleção. “Pu<strong>de</strong>sse o latim ou<br />

algum idioma mo<strong>de</strong>rno”, diz Simon <strong>de</strong> Muis, “expressar plenamente todas as belezas e elegâncias<br />

tanto das palavras quanto das sentenças, não seria difícil persuadir o leitor <strong>de</strong> que não temos nenhum<br />

poema, quer em grego quer em latim, comparável a esta o<strong>de</strong> hebraica.” Supõe-se ter sido ele<br />

composto por Moisés na mesma ocasião que o Salmo anterior; mas há quem acredita que ele foi<br />

escrito por Davi por ocasião da pestilência que grassou e afligiu o povo como castigo <strong>de</strong> seu pecado<br />

em realizar o censo [2Sm 24]. Ele é atribuído a Davi nas versões Septuaginta, Caldaica, Vulgata,<br />

Siríaca, Arábica e Etiópica. Seu tema não nos ajuda a <strong>de</strong>terminar quem foi seu inspirado autor,<br />

ou em que ocasião foi ele escrito. “Entretanto”, diz Walford, “não há razão para lamentar nossa<br />

falta <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>talhes, visto que o poema é tão claro e inteligível, que nada nele<br />

po<strong>de</strong> ser equivocado ou mal-entendido. O propósito <strong>de</strong>le é ilustrar a segurança e felicida<strong>de</strong> que<br />

resultam do conhecimento <strong>de</strong> Deus e do exercício <strong>de</strong> uma sólida <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> sua promessa e<br />

graça. Os sentimentos são expressos com gran<strong>de</strong> vigor e beleza; e morta <strong>de</strong>veras estaria a alma<br />

para toda e qualquer emoção do <strong>de</strong>leite espiritual e celestial caso não sinta toda sua veracida<strong>de</strong><br />

ou <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> almejar a aquisição <strong>de</strong> tal fé e confiança que produzem a paz e a tranqüilida<strong>de</strong> mentais<br />

pretendidas nele. O erudito Michaelis é <strong>de</strong> opinião que este Salmo <strong>de</strong>ve ser recitado em partes alternadas<br />

por dois corais ou grupos <strong>de</strong> cantores respon<strong>de</strong>ndo um para o outro, e que Deus mesmo<br />

é introduzido no versículo 14 como tomando parte do conclave.” Os ju<strong>de</strong>us supõem que o mesmo<br />

está relacionado com o Messias. Veja Mateus 4.6; Lucas 4.10, 11.

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