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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 96 • 547<br />

sar a aspiração e bem-aventurança <strong>de</strong> ser conduzido à fé em Deus. Ao<br />

mesmo tempo, ela <strong>de</strong>nota que Deus não reina com terror nem como<br />

tirano, mas que seu po<strong>de</strong>r é exercido serenamente <strong>de</strong> modo a difundir<br />

alegria entre seus súditos. Os perversos tremem quando seu reino é introduzido,<br />

mas a ereção <strong>de</strong>le é indiretamente a única causa do tremor<br />

<strong>de</strong>les. 21 Po<strong>de</strong>mos notar também que a hipérbole aqui empregada não<br />

requer um certo fundamento <strong>de</strong> um tipo mais literal. Como todos os<br />

elementos na criação gemem e sofrem juntamente conosco, segundo<br />

a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> Paulo [Rm 8.22], po<strong>de</strong>m racionalmente regozijar-se<br />

na restauração <strong>de</strong> todas as coisas segundo seu ar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sejo. As palavras<br />

nos ensinam quão enfatuado é tal júbilo, o qual se manifesta<br />

libertinamente nos homens sem Deus. Do último Salmo apren<strong>de</strong>mos<br />

ser impossível experimentar a mais leve medida <strong>de</strong> genuína alegria<br />

enquanto não tivermos contemplado a face <strong>de</strong> Deus: Regozijai-vos<br />

diante do Senhor, porque ele vem. E se o próprio oceano e a terra<br />

pranteiam enquanto Deus está ausente, não é o caso <strong>de</strong> perguntarmos<br />

o que será <strong>de</strong> nós, que somos propriamente os objetos da terrível<br />

maldição divina? O salmista, para remover toda dúvida com respeito<br />

a um evento que po<strong>de</strong>ria parecer incrível, reitera sua afirmação <strong>de</strong>le,<br />

e <strong>de</strong>clara, ao mesmo tempo, em que consiste tal atitu<strong>de</strong>, a qual ele<br />

mencionara anteriormente, quando acrescenta que Deus governará o<br />

mundo com justiça e verda<strong>de</strong>. Isso nos mostra que é somente pela luz<br />

da justiça e verda<strong>de</strong> divinas que a perversida<strong>de</strong> e a hipocrisia dos homens<br />

po<strong>de</strong>m ser removidas e ser extintas.<br />

21 “C’est une chose acci<strong>de</strong>ntale.” – v.f.

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