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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 75 • 151<br />

1. Louvar-te-ei, ó Deus! Com respeito ao título <strong>de</strong>ste Salmo já falei<br />

suficientemente ao explicar o Salmo 57. Quanto a seu autor, este é um<br />

ponto na <strong>de</strong>terminação do qual não me inclino a me sobrecarregar<br />

com excessiva preocupação. Quem quer que tenha sido, seja Davi ou<br />

algum outro profeta, ele se prorrompe logo no início em termos <strong>de</strong><br />

alegria e ações <strong>de</strong> graças: Louvar-te-ei, ó Deus, louvar-te-ei. A repetição<br />

serve para mais energicamente expressar sua forte afeição e seu<br />

ar<strong>de</strong>nte zelo, cantando os louvores <strong>de</strong> Deus. Os verbos no hebraico<br />

estão no pretérito; porém o tema do Salmo requer que sejam traduzidos<br />

no tempo futuro, o que se po<strong>de</strong> fazer em perfeita consistência<br />

com o estilo da língua hebraica. O escritor inspirado, contudo, po<strong>de</strong>ria<br />

<strong>de</strong>clarar que Deus tinha sido louvado entre seu povo por causa<br />

dos benefícios que lhes outorgara nos tempos <strong>de</strong> outrora, tendo como<br />

propósito induzir a Deus a continuar agindo da mesma maneira, para<br />

que, continuando assim, ele pu<strong>de</strong>sse <strong>de</strong> tempo em tempo propiciar a<br />

seu povo novo motivo <strong>de</strong> celebrar seus louvores. A mudança <strong>de</strong> pessoa<br />

na parte conclusiva do versículo tem levado alguns intérpretes<br />

a completarem com o pronome relativo r?a, asher, que, como se a<br />

leitura fosse: Ó Senhor, te louvaremos; e teu nome está perto daqueles<br />

que <strong>de</strong>claram tuas obras grandiosas. 8 Mas não tenho dúvida <strong>de</strong> que o<br />

profeta põe o verbo <strong>de</strong>clarar in<strong>de</strong>finidamente, ou, seja, sem <strong>de</strong>terminar<br />

a pessoa; 9 e ele usou a conjunção e em vez da partícula causal<br />

porque, como ocorre com freqüência. Sua intenção, pois, é produzir<br />

um sentido bem apropriado: Louvar-te-emos, ó Deus, porque teu nome<br />

está perto; e portanto tuas maravilhosas obras serão <strong>de</strong>claradas. Sem<br />

dúvida sua intenção era que as mesmas pessoas <strong>de</strong> quem disse que<br />

celebrariam o louvor divino seriam os publicadores <strong>de</strong> suas obras prodigiosas.<br />

Certamente Deus, ao exibir seu po<strong>de</strong>r, abre os lábios <strong>de</strong> seus<br />

8 Esta é a redação adotada por Hammond; mas em vez <strong>de</strong> completá-la com o pronome r?a,<br />

asher, como fazem alguns, ele traduz wrps, sipperu, como um particípio plural no sentido do caso<br />

dativo: “Teu nome está perto, wrps, sipperu, <strong>de</strong> quem <strong>de</strong>clara tuas obras portentosas.” Ele tira este<br />

ponto <strong>de</strong> vista da caldaica e da tradução do erudito Castellio.<br />

9 “C’est à dire, sans <strong>de</strong>terminer personne.” – v.f.

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