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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 87 • 375<br />

mais perfeito da Igreja. Mas o caso se dá <strong>de</strong> outra forma conosco. Já<br />

passou muito tempo, 2 pela ausência <strong>de</strong> nossos pais, que essa célebre<br />

beleza da Igreja tem estado poluída e <strong>de</strong>sfigurada <strong>de</strong>baixo dos pés dos<br />

ímpios. E nos dias atuais, esmagada sob o fardo <strong>de</strong> nossos pecados,<br />

ela geme sob miserável <strong>de</strong>solação, sob os ignominiosos escárnios do<br />

diabo e do mundo, sob os cruéis e tiranos e sob as perversas calúnias<br />

dos inimigos; <strong>de</strong> modo que os filhos <strong>de</strong>ste mundo, que <strong>de</strong>sejam viver<br />

no ócio, nada querem menos do que ser arrolados no número do povo<br />

<strong>de</strong> Deus. Do quê po<strong>de</strong>mos perceber mais claramente quanto benefício<br />

se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>rivar <strong>de</strong>ste Salmo. E, ao mesmo tempo, quão necessário<br />

é meditar nele continuamente. O título tem referência não tanto aos<br />

autores do Salmo, mas aos músicos regentes a quem ele foi entregue<br />

para ser cantado. Entretanto, é possível que algum levita da família <strong>de</strong><br />

Coré o tenha composto.<br />

[vv. 1-3]<br />

Seus fundamentos estão nos montes santos. Jehovah ama os portões <strong>de</strong><br />

Sião mais que todas as habitações <strong>de</strong> Jacó. Coisas gloriosas são ditas <strong>de</strong> ti,<br />

ó cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus! Selah.<br />

1. Seus fundamentos estão nos montes santos. Os que acreditam<br />

ser Jerusalém a cida<strong>de</strong> que aqui está em pauta, como se ela estivesse<br />

fundada sobre os montes santos, em minha opinião estão equivocados;<br />

porquanto o relativo está no gênero masculino. Estou ciente <strong>de</strong> que<br />

alguns homens eruditos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m esta opinião, supondo que as palavras<br />

o povo têm <strong>de</strong> ser usadas como complemento, embora seja a<br />

capital da Judéia o que está especificado. Mas para mim é <strong>de</strong>snecessário<br />

dizer alguma coisa para provar o que está plenamente evi<strong>de</strong>nte,<br />

ou, seja, que tal exposição é forçada. Alguns intérpretes ju<strong>de</strong>us têm<br />

pensado ser mais provável que esta sentença inicial <strong>de</strong>ve referir-se<br />

ao próprio Salmo; e, por conseguinte, explicam fundamentos como<br />

que <strong>de</strong>notando metaforicamente o tema ou assunto do poema, por-<br />

2 “Il est advenu <strong>de</strong>sja <strong>de</strong> pieça.” – v.f.

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