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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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554 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

esten<strong>de</strong>r-se aos <strong>de</strong>uses fictícios, como se ele quisesse dizer: Tudo o<br />

que é consi<strong>de</strong>rado ou <strong>de</strong>fendido como sendo <strong>de</strong>us <strong>de</strong>ve ser removido<br />

<strong>de</strong> seu lugar e renunciadas suas reivindicações, para que tão-somente<br />

Deus seja exaltado. Daí se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>duzir que esta é a verda<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>finição<br />

<strong>de</strong> pieda<strong>de</strong>, a saber: quando o verda<strong>de</strong>iro Deus é perfeitamente<br />

servido, e quando ele é o único Ser exaltado, então que nenhuma outra<br />

criatura obscureça sua divinda<strong>de</strong>; e, conseqüentemente, se a verda<strong>de</strong>ira<br />

pieda<strong>de</strong> não estiver <strong>de</strong>struída entre nós, que sustentemos, pois,<br />

este princípio: Que nenhuma criatura seja exaltada por nós além da<br />

medida própria.<br />

8. Sião ouviu e se alegrou. Na parte anterior do Salmo, ele falou<br />

da alegria que seria comum ao mundo inteiro. Agora ele faz menção<br />

especial da nação eleita <strong>de</strong> Deus; e isso em parte porque <strong>de</strong>veriam <strong>de</strong>sfrutar<br />

das primícias <strong>de</strong>ssa alegria; e, em parte, porque ele removeria<br />

toda ocasião para rivalida<strong>de</strong> ou inveja. Conseqüentemente, havendo<br />

dito que as nações gentílicas <strong>de</strong>sfrutariam <strong>de</strong> iguais privilégios com a<br />

posterida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Abraão, ele acrescenta que os ju<strong>de</strong>us não suportariam<br />

qualquer diminuição da honra <strong>de</strong>ssa participação <strong>de</strong> privilégios, mas<br />

preferivelmente po<strong>de</strong>riam racionalmente regozijar-se com o fato <strong>de</strong><br />

serem o povo eleito <strong>de</strong> Deus, e por isso eram a fonte da qual o mundo<br />

po<strong>de</strong>ria beber e refrescar-se. Aqueles <strong>de</strong> quem o salmista fala eram<br />

os filhos legítimos <strong>de</strong> Abraão, e tão-somente eles. Tinham uma dupla<br />

razão para alegrar-se, visto que Deus esten<strong>de</strong> seu governo e glória <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o nascente até o poente; pois enquanto ele lhes exibia em Cristo<br />

o pleno cumprimento daquela re<strong>de</strong>nção que lhes fora prometida, ao<br />

mesmo tempo viram a glória <strong>de</strong> Deus difundindo-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tacanhos<br />

limites da Judéia e se espalhando por todos os rincões do mundo.<br />

Quando as nações fossem abençoadas na semente <strong>de</strong> Abraão, <strong>de</strong><br />

conformida<strong>de</strong> com a predição que haviam recebido, isso constituiria<br />

uma consi<strong>de</strong>rável confirmação <strong>de</strong> sua fé, como também quando viram<br />

sendo abraçada uma religião que tinha sido <strong>de</strong>testada e <strong>de</strong>sprezada<br />

universalmente. Mas, po<strong>de</strong>-se perguntar, por que ele fala daquelas coisas<br />

sendo ouvidas em vez <strong>de</strong> vistas? Po<strong>de</strong>m-se apresentar duas razões

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