31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

16 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

Deus, visto que tudo quanto empreen<strong>de</strong>ra e em que estava engajado<br />

foi expressamente em obediência ao mandamento <strong>de</strong> Deus. Saul,<br />

sem dúvida, tinha outras razões ou, pelo menos, outras pretensões<br />

em perseguir Davi; mas, como o ódio que nutria contra ele procedia<br />

mais inquestionavelmente do fato <strong>de</strong> Deus o haver chamado e<br />

ungido rei <strong>de</strong> Israel, Davi, neste ponto, com razão protesta dizendo<br />

que não fora por alguma impieda<strong>de</strong> que havia sido comissionado,<br />

mas porque havia obe<strong>de</strong>cido a Deus, razão por que os homens em<br />

geral o <strong>de</strong>saprovavam e impiedosamente o con<strong>de</strong>navam. É fonte <strong>de</strong><br />

profunda consolação para os verda<strong>de</strong>iros crentes quando po<strong>de</strong>m<br />

protestar que têm a autorização e vocação divinas para tudo o que<br />

empreen<strong>de</strong>m ou a que se <strong>de</strong>votam. Se somos odiados pelo mundo<br />

por fazermos uma pública profissão <strong>de</strong> nossa fé, uma coisa que<br />

<strong>de</strong>vemos esperar, sendo evi<strong>de</strong>nte à luz da observação <strong>de</strong> que o perverso<br />

ordinariamente nunca é mais forte do que quando assalta a<br />

verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus e a verda<strong>de</strong>ira religião, temos motivo para nutrir<br />

dobrada confiança. 12 Também apren<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>sta passagem quão<br />

monstruosa é a malícia dos homens que convertem num motivo<br />

<strong>de</strong> afronta e repreensão o zelo pela glória divina por meio da qual<br />

os verda<strong>de</strong>iros crentes se animam. 13 Mas é bom para nós que Deus<br />

não só remove as afrontas que os perversos nos lançam, mas também<br />

as sublima para que excedam a todas as honras e triunfos do<br />

mundo. O salmista agrava ainda mais sua queixa pela circunstância<br />

adicional, ou, seja, que se tornara cruelmente proscrito por seus<br />

parentes e amigos; à luz <strong>de</strong>sse fato somos instruídos que, quando<br />

em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> nosso <strong>de</strong>votamento à causa da religião não po<strong>de</strong>mos<br />

evitar que se suscite o <strong>de</strong>sprazer <strong>de</strong> nossos irmãos contra nós, é<br />

nosso <strong>de</strong>ver simplesmente seguir a Deus e não confiar em carne e<br />

sangue.<br />

12 Isto é, a confiança oriunda da reflexão <strong>de</strong> que estamos, em primeiro lugar, sofrendo injustamente;<br />

e, em segundo lugar, que estamos sofrendo pela causa <strong>de</strong> Deus.<br />

13 “Qui convertissent en diffame et blasme le <strong>de</strong>sir que les fi<strong>de</strong>les ont <strong>de</strong> sa glorie.” – v.f.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!