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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 77 • 193<br />

19. Teus caminhos estão no mar. O milagre que foi operado fazendo<br />

o Mar Vermelho secar-se é aqui novamente <strong>de</strong>scrito em fraseologia<br />

diferente. O que, propriamente falando, se refere aos israelitas se aplica<br />

a Deus, sob cuja proteção e diretriz passaram em seco pelo meio do<br />

Mar Vermelho. Declara-se que uma vereda lhes foi aberta <strong>de</strong> uma maneira<br />

estranha e inusitada; pois o mar não foi drenado pela habilida<strong>de</strong><br />

humana, tampouco se abriu o rio Jordão em duas partes, <strong>de</strong>ixando<br />

seu curso normal para formar um canal diferente, porém o povo passou<br />

pelo meio das águas nas quais Faraó e todo seu exército foram<br />

em seguida tragados. Neste relato diz-se que os passos <strong>de</strong> Deus não<br />

eram conhecidos, porque imediatamente após haver Deus feito o povo<br />

passar, ele fez com que as águas voltassem a seu curso costumeiro. 20<br />

O propósito para o qual isso foi efetuado é adicionado no versículo<br />

20 – o livramento da Igreja: Tu guiaste teu povo como a um rebanho. 21<br />

E este livramento <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado por todos os santos como a<br />

oferecer-lhes uma melhor disposição para que nutram a esperança<br />

<strong>de</strong> segurança e salvação. A comparação do povo com ovelhas tacitamente<br />

sugere que em si mesmos estavam inteiramente <strong>de</strong>stituídos<br />

<strong>de</strong> sabedoria, po<strong>de</strong>r e coragem, e que Deus, em sua gran<strong>de</strong> bonda<strong>de</strong>,<br />

se con<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>u em exercer o ofício <strong>de</strong> pastor guiando o povo pelo<br />

meio do mar e pelo <strong>de</strong>serto, bem como no meio <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>mais<br />

impedimentos, seu pobre rebanho, o qual era <strong>de</strong>stituído <strong>de</strong> todas as<br />

coisas, para que tomassem posse da herança prometida. Esta afirmação<br />

é confirmada quando se nos diz que Moisés e Arão eram pessoas<br />

empregadas em conduzir o povo. Seu serviço era sem dúvida nobre<br />

20 “Teus passos não são conhecidos; nem pelos egípcios que perseguiram o povo <strong>de</strong> Israel,<br />

com o Senhor na li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong>les, nem por qualquer outro <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então; pois as águas voltaram e<br />

cobriram o lugar por on<strong>de</strong> os israelitas passaram em seco, <strong>de</strong> modo que nenhum passo nem traço<br />

pô<strong>de</strong> ser visto por ninguém. E tais são os caminhos <strong>de</strong> Deus, e muitos <strong>de</strong>les tanto na providência<br />

quanto na graça [Rm 11.33].” – Dr. Gill.<br />

21 “Depois da sublime e assustadora imagem dos quatro versículos prece<strong>de</strong>ntes, nos quais<br />

os trovões e relâmpagos, tormentas e tempesta<strong>de</strong>s, chuvas, raios e terremotos, os ministros do<br />

<strong>de</strong>sprazer do Onipotente são levados juntos e exibidos nos mais impressionantes matizes; nada<br />

po<strong>de</strong> ser mais estranho do que a calma e tranqüilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste versículo conclusivo, no qual a mente<br />

repousa com sensações <strong>de</strong> refrigério e <strong>de</strong>leite.” – Mant.

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