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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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648 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

embora provavelmente inclua todos os gêneros <strong>de</strong> alimento; só <strong>de</strong>scarto<br />

a opinião dos que excluem o pão. Não há força na razão que<br />

alegam para assumir este ponto <strong>de</strong> vista, isto é, que no versículo<br />

seguinte acrescenta-se outro uso do pão, quando se diz que ele fortalece<br />

o coração do homem; pois ali se expressa a mesma coisa em<br />

palavras diferentes. O profeta, ao afirmar que Deus fez com que a<br />

terra produzisse ervas para o sustento dos homens, tenciona dizer<br />

que a terra os supre não só com alimento <strong>de</strong> grãos, mas também<br />

com outras ervas e frutos; pois os meios <strong>de</strong> nossa subsistência não<br />

se limitam exclusivamente a um só tipo <strong>de</strong> alimento.<br />

15. E vinho que alegra o coração do homem. Nestas palavras<br />

somos ensinados que Deus não só provê para as necessida<strong>de</strong>s dos<br />

homens e lhes conce<strong>de</strong> o quanto é suficiente para os propósitos<br />

ordinários da vida, mas que em sua bonda<strong>de</strong> ele os trata ainda<br />

com mais liberalida<strong>de</strong> ao alegrar seus corações com vinho e azeite.<br />

Certamente que a natureza se satisfaria com água como bebida; e<br />

portanto a adição <strong>de</strong> vinho se <strong>de</strong>ve à superabundante liberalida<strong>de</strong><br />

divina. A expressão, e azeite para fazer luzir seu rosto, tem<br />

sido explicada em diferentes formas. Como a tristeza espalha uma<br />

sombra melancólica por todo o semblante, alguns fazem esta exposição:<br />

Quando os homens <strong>de</strong>sfrutam as comodida<strong>de</strong>s do vinho e<br />

do azeite, seus rostos brilham <strong>de</strong> contentamento. Alguns com uma<br />

interpretação mais refinada, porém sem fundamento, conectam<br />

isto com as lâmpadas. Outros, consi<strong>de</strong>rando a letra m, mem, como<br />

sinal <strong>de</strong> grau comparativo, formam este significado: o vinho faz o<br />

rosto dos homens brilhar mais do que quando ungido com azeite.<br />

O profeta, porém, não tenho dúvida, fala <strong>de</strong> ungüentos, insinuando<br />

que Deus não só dá aos homens o que é suficiente a seu uso mo<strong>de</strong>rado,<br />

mas que vai além <strong>de</strong>ssas coisas, dando-lhes inclusive seus<br />

manjares finos.<br />

Quanto às palavras na última frase, e pão que sustenta o coração<br />

do homem, eu as interpreto assim: O pão <strong>de</strong>ve ser suficiente<br />

para o sustento da vida humana, mas Deus, além do mais, para usar

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