31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Salmo 89 • 417<br />

niu a Davi com testemunhos <strong>de</strong> sua munificência, mas que ele sempre<br />

continuou a tratá-lo da mesma maneira misericordiosa. Isso tem uma<br />

referência a toda a Igreja <strong>de</strong> Cristo, <strong>de</strong> modo que a bonda<strong>de</strong> divina<br />

se manifesta em todo o curso <strong>de</strong> nossa salvação, e não só em nosso<br />

primeiro ingresso nele, como falam insensatamente os sofistas da Sorbone<br />

que gostam <strong>de</strong> tergiversar. 24 A cabeça [o chifre] <strong>de</strong> Davi <strong>de</strong>nota<br />

aqui, como às vezes ocorre em outros lugares, sua glória, dignida<strong>de</strong> e<br />

po<strong>de</strong>r. O significado, pois, é que pela graça <strong>de</strong> Deus esse reino florescerá<br />

e prosperará para sempre.<br />

25. E porá sua mão no mar. A alusão aqui é à vasta extensão do<br />

reino. Como o povo, por sua perversida<strong>de</strong>, por assim dizer, obstruíra<br />

o caminho e interceptara a bênção divina, sua herança se tornou mais<br />

reduzida do que a bênção subentendia. Agora, porém, Deus <strong>de</strong>clara<br />

que durante o reinado <strong>de</strong> Davi ele será uma vez mais expandido, <strong>de</strong><br />

modo que o povo possuirá todo o país, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o mar até o rio Eufrates.<br />

Disso <strong>de</strong>duzimos que, o que Deus prometera por meio <strong>de</strong> Moisés, somente<br />

na pessoa <strong>de</strong> Davi é que ele veio ao cumprimento final, ou, seja,<br />

a partir <strong>de</strong> seu tempo. 25 Pela expressão, os rios, <strong>de</strong>ve-se enten<strong>de</strong>r, ou<br />

só o Eufrates, que se acha cortado por muitos canais, ou os outros rios<br />

vizinhos na costa da Síria.<br />

26. Ele clamará a mim: Tu és meu Pai. Neste versículo <strong>de</strong>clara-<br />

-se que a primordial excelência <strong>de</strong>sse rei consistirá nisto: que ele será<br />

reputado como o Filho <strong>de</strong> Deus. Aliás, este é o título <strong>de</strong> honra que se<br />

aplica a todos a quem Deus or<strong>de</strong>na a que sejam reis, como já vimos<br />

num Salmo anterior [82.6]: “Eu disse: Sois <strong>de</strong>uses; e todos vós sois<br />

filhos do Altíssimo.” Na passagem que temos diante <strong>de</strong> nossos olhos,<br />

porém, expressa-se algo especial no tocante ao santo rei a quem Deus<br />

escolhera, e a idéia que surge nas entrelinhas é que ele será o filho<br />

<strong>de</strong> Deus em um sentido diferente. Veremos logo a seguir, no versículo<br />

subseqüente, como ele é colocado em uma posição mais elevada do<br />

24 “Sicuti nugantur Sophistæ.” – v.l. “Comme gazouillent ces brouillons et Sophistes <strong>de</strong> Sorbonistes.”<br />

– v.f.<br />

25 “C’est à dire, <strong>de</strong> son temps.”

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!