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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 78 • 217<br />

milagre é celebrado em termos elevados para apresentar a impieda<strong>de</strong><br />

do povo pelo mais <strong>de</strong>testável prisma; pois ele era uma exibição muito<br />

mais notável do po<strong>de</strong>r divino para que o maná caísse do céu, do que<br />

se tivessem se alimentado ou com ervas ou com frutas, com outros<br />

produtos da terra. Paulo, em 1 Coríntios 10.3, chama o maná comida<br />

espiritual, num sentido diferente – porque ele era uma figura e símbolo<br />

<strong>de</strong> Cristo. Aqui, porém, o <strong>de</strong>sígnio do profeta é reprovar a dupla<br />

ingratidão do povo que <strong>de</strong>sprezou não só o alimento comum que era<br />

produzido do solo, mas também o pão dos anjos. Alguns traduziram os<br />

verbos no pretérito: Ele or<strong>de</strong>nou às nuvens; ele abriu as portas do céu;<br />

ele fez chover maná etc. 25 Mas, para remover toda ambigüida<strong>de</strong>, tenho<br />

achado preferível traduzir os verbos no tempo mais-que-perfeito: Ele<br />

or<strong>de</strong>nara, ele abrira, ele fizera chover, possibilitando a meus leitores<br />

uma melhor compreensão, isto é, que o profeta aqui não relata simplesmente<br />

esta história, mas a traz à memória com outro propósito,<br />

como algo que aconteceu há muito tempo atrás.<br />

[vv. 26-31]<br />

Fez soprar o vento oriental nos céus; e por seu po<strong>de</strong>r suscitou o vento<br />

sul. E fez chover sobre eles carne como o pó, e aves emplumadas 26 como a<br />

areia do mar; e as fez cair no meio <strong>de</strong> seu acampamento, 27 ao redor <strong>de</strong> seus<br />

tabernáculos. E eles comeram e se fartaram, pois lhes satisfez seu <strong>de</strong>sejo.<br />

Não refrearam seu apetite: a carne estava ainda em sua boca, quando a<br />

ira <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong>sceu sobre eles e matou os mais robustos <strong>de</strong>les, e feriu os<br />

escolhidos <strong>de</strong> Israel.<br />

quava aos príncipes; o melhor, o mais seleto dos pães. Isso concorda com a tradução <strong>de</strong> Simonis<br />

da frase: “cibus nobilium, scilicet principum; hoc est, cibus exquisitus, <strong>de</strong>licatus, eximius.” Tal<br />

também é o ponto <strong>de</strong> vista assumido por Fry, Walford e outros. Se por

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