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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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544 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

associarem ao mesmo corpo com o povo eleito <strong>de</strong> Deus. 15 Ao tempo<br />

em que este Salmo foi escrito, geralmente se julgava escassamente crível<br />

que as nações pagãs fossem admitidas no templo em companhia da<br />

santa semente <strong>de</strong> Abraão. Isso nos <strong>de</strong>ve levar a pensar em nossa vocação,<br />

na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gentios, como sendo algo naturalmente incrível<br />

e impraticável. Devemos convencer-nos <strong>de</strong> que somente Deus po<strong>de</strong>ria<br />

ter-nos aberto a porta da salvação. A beleza do templo é uma expressão<br />

que tem o propósito <strong>de</strong> gerar em nós uma profunda reverência pelo templo,<br />

para que os homens se aproximem <strong>de</strong>le com humil<strong>de</strong> temor, em vez<br />

<strong>de</strong> precipitar-se na presença <strong>de</strong> Deus sem uma reverente pon<strong>de</strong>ração.<br />

A próxima frase do versículo é inserida com o mesmo propósito – tremer<br />

diante <strong>de</strong> sua face –, notificando que <strong>de</strong>vemos prostrar-nos diante<br />

<strong>de</strong>le como humil<strong>de</strong>s suplicantes sempre que atentarmos para sua terrificante<br />

majesta<strong>de</strong>. Não significa que <strong>de</strong>vamos <strong>de</strong>ter os adoradores <strong>de</strong><br />

aproximar-se <strong>de</strong> Deus. Quando buscarem sua face, <strong>de</strong>vem nutrir mais<br />

prazer e júbilo. Mas ele quer que sejamos humil<strong>de</strong>s quando buscarmos<br />

oferecer um culto divino correto e sério. Po<strong>de</strong>mos acrescentar que a<br />

beleza ou glória do santuário não consistia em prata ou ouro, na preciosida<strong>de</strong><br />

da matéria do qual foi feito, nem nas pedras polidas, nem em<br />

qualquer esplendor e <strong>de</strong>coração <strong>de</strong>sse gênero, mas na representação<br />

do mo<strong>de</strong>lo celestial que foi mostrado a Moisés no monte [Êx 25.9].<br />

[vv. 10-13]<br />

Dizei entre os pagãos: Jehovah reina; também o mundo será estabelecido,<br />

e não se moverá; ele julgará os povos 16 com justiça [literalmente, em justiça].<br />

Regozijem-se os céus e a terra exulte; brame o mar e sua plenitu<strong>de</strong>.<br />

Rejubile-se o campo e tudo o que nele há; e assim se regozijarão 17 todas as<br />

árvores do bosque diante <strong>de</strong> Jehovah; porque ele vem julgar a terra; julgará<br />

o mundo com justiça, e os povos com sua verda<strong>de</strong>. 18<br />

15 “Pour monstrer que les gentils <strong>de</strong>voyent estre receus à un honneur nouveau, qu’ils feront un<br />

mesme corps avec le peuple eleu.” – v.f.<br />

16 “Os povos. A palavra hebraica é plural, e é traduzida como plural por todas as versões antigas.<br />

Não é apenas um povo, mas todas as nações da terra que Deus julgará.” – Street.<br />

17 A palavra hebraica wnnr, rannenu, aqui traduzida por regozijar-se, “expressa”, diz Mant, “o<br />

movimento vibratório ou dos pés do dançarino ou dos lábios do cantor.<br />

18 Este Salmo tem sido admirado por sua gran<strong>de</strong>za e magnificência. Os três últimos versículos,

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