31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Salmo 104 • 645<br />

impostas ao mar, pela mão divina, fossem removidas. Como é possível<br />

que, com isso, não temos sido juntamente tragados, senão<br />

porque Deus tem refreado esses elementos impulsivos por meio <strong>de</strong><br />

sua palavra? Em suma, embora a tendência natural das águas seja<br />

cobrir a terra, todavia isso não suce<strong>de</strong>rá, porque Deus estabeleceu,<br />

por sua palavra, uma lei que contrapõe; e visto que sua verda<strong>de</strong> é<br />

eterna, tal lei <strong>de</strong>ve permanecer inabalável.<br />

[vv. 10-15]<br />

Fazendo sair as fontes pelos vales, as quais correrão entre 6 as colinas. Todos<br />

os animais do campo beberão <strong>de</strong>las; os jumentos 7 selvagens estancarão<br />

8 sua se<strong>de</strong>. Junto <strong>de</strong>las as aves do céu habitarão; do meio <strong>de</strong> seus ramos<br />

emitirão sua voz. 9 Regando os montes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> suas câmaras, a terra será<br />

saciada do fruto <strong>de</strong> tuas 10 obras. Fazendo crescer a erva para o gado e a<br />

verdura para o serviço do homem; para que da terra ele faça produzir pão,<br />

e vinho que alegra o coração do homem; fazendo seu rosto reluzir com<br />

óleo e pão que sustente o coração do homem. 11<br />

6 “/yb”, diz Hammond, <strong>de</strong>ve ser traduzido não em meio <strong>de</strong>, mas entre, ἀναμέσον, son, diz<br />

a LXX, para <strong>de</strong>notar as cavida<strong>de</strong>s recipientes das águas entre os montes, ou surgir do solo <strong>de</strong><br />

ambos os lados.”<br />

7 O jumento selvagem difere do doméstico só por ser mais forte e mais lépido, mais corajoso<br />

e vívido. Os jumentos selvagens são ainda encontrados em número consi<strong>de</strong>rável nos <strong>de</strong>sertos do<br />

Gran<strong>de</strong> Tártaro, na Pérsia, Síria, nas ilhas do Arquipélago e por toda a Mauritânia. São gregários<br />

e têm sido conhecidos por juntar-se às centenas e aos milhares. Tem-se observado que esses<br />

animais, ainda que obtusos e estúpidos, são notáveis por seu instinto em <strong>de</strong>scobrir no árido <strong>de</strong>serto<br />

as vias para os rios, ribeiros ou fontes <strong>de</strong> águas, <strong>de</strong> modo que o viajante se<strong>de</strong>nto só tem que<br />

observar e seguir seus passos a fim <strong>de</strong> ser guiado a uma fonte <strong>de</strong> água fria.<br />

8 A tradução literal da palavra hebraica wrb?y, yeshberu, é quebrará, sendo <strong>de</strong>rivada <strong>de</strong> rb?,<br />

shabar, quebrar. Quando aplicada à fome ou à se<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ve significar mitigar, ou, como aqui, matar a<br />

se<strong>de</strong>, significando estancar. A frase é comunicada a outros idiomas e é comum em nosso meio que,<br />

ao quebrar o jejum, enten<strong>de</strong>mos comer.<br />

9 “De entre esses arbustos ou folhagens as aves do céu emitem sua voz, não simplesmente cantando<br />

(pois isso é peculiar a poucas), mas fazendo algum ruído que lhes é próprio.” – Hammond.<br />

Nos versículos 10 a 12, Dimock observa o seguinte: “Os riachos murmurantes, o gran<strong>de</strong> número<br />

<strong>de</strong> animais e gados, com as aves melodiosas, se oferece o mais pitoresco cenário do <strong>de</strong>leite rural.”<br />

10 Na sentença prece<strong>de</strong>nte Deus é mencionado na terceira pessoa; e aqui, na segunda. A mudança<br />

<strong>de</strong> pessoas, da segunda para a terceira, e da terceira para a segunda, é bem notável em<br />

todo este Salmo.<br />

11 Na versão francesa temos: “Et le vin qui resjouit le cœur <strong>de</strong> l’homme, et l’huile pour faire<br />

reluire as face, et le pain qui soustient le cœur <strong>de</strong> l’homme.” – “E vinho para alegrar o coração do<br />

homem, e óleo para fazer seu rosto luzir, e pão que sustenha o coração do homem.”

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!