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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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720 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

era para eles um lugar murado ou baluarte. Havendo-o provocado à<br />

ira novamente, ele estava para precipitá-los à <strong>de</strong>struição, não houvera<br />

Moisés se interposto como seu intercessor.<br />

24. E <strong>de</strong>sprezaram. Era uma evi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>monstração da invencível<br />

impieda<strong>de</strong> dos ju<strong>de</strong>us que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> se virem nas guelras da <strong>de</strong>struição,<br />

e enquanto raramente escapavam <strong>de</strong> ira tão imensa e tão<br />

iminente, se insurgiram em rebelião contra Deus. Qual foi a causa <strong>de</strong>ssa<br />

rebelião? O haver eles <strong>de</strong>sprezado a Terra Santa, que <strong>de</strong> todas as<br />

coisas <strong>de</strong>veria ter sido a mais <strong>de</strong>sejada por eles. O país <strong>de</strong> Canaã, que<br />

lhes fora <strong>de</strong>stinado como o lugar on<strong>de</strong> fossem mantidos sob o cuidado<br />

paternal <strong>de</strong> Deus, e como um povo separado das nações pagãs adorassem<br />

somente a ele, e que também lhes fosse mais especialmente<br />

um penhor da herança celestial – esse país aqui, e em várias outras<br />

passagens, é mui apropriadamente <strong>de</strong>nominado a terra aprazível.<br />

Porventura não foi uma ingratidão mui vil do povo eleito <strong>de</strong>sprezar<br />

a santa habitação <strong>de</strong> Deus? É por causa <strong>de</strong>sse escárnio que o profeta<br />

diz: não creram na palavra <strong>de</strong> Deus. Pois houvessem eles a<strong>de</strong>rido à<br />

promessa <strong>de</strong> Deus com aquela fé que estava sob sua responsabilida<strong>de</strong>,<br />

e teriam se inflamado com um anelo tão ar<strong>de</strong>nte pela terra, ao ponto<br />

<strong>de</strong> vencerem todos os obstáculos que porventura surgissem em seu<br />

caminho. Entrementes, não crendo em sua palavra, não só rejeitaram<br />

a herança que lhes fora oferecida, mas ainda provocaram rebelião no<br />

acampamento, erguendo seus braços contra Deus.<br />

26. E ele ergueu sua mão. Ele <strong>de</strong>screve outro exemplo da vingança<br />

<strong>de</strong> Deus, cuja lembrança <strong>de</strong>via ficar profundamente assentada<br />

em seus corações, <strong>de</strong> modo a nutrir constante temor <strong>de</strong>le, para que<br />

velassem por si próprios com a máxima solicitu<strong>de</strong>. Não tendo bom<br />

resultado <strong>de</strong> tudo isso, é óbvio que a <strong>de</strong>mência daquele povo era incurável.<br />

Naquele tempo Deus não restringiu sua ira, não dispersando sua<br />

<strong>de</strong>scendência por todas as várias partes da terra; porém sua ameaça<br />

teria sido suficiente para subjugar seu orgulho se eles se mostrassem<br />

incorrigíveis. Erguer a mão, nesta passagem, é suscetível <strong>de</strong> dois significados.<br />

Na Escritura lemos <strong>de</strong> Deus com freqüência erguendo sua mão

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