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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 89 • 437<br />

[vv. 49-52]<br />

On<strong>de</strong> estão, ó Senhor, tuas misericórdias <strong>de</strong> outrora que juraste a Davi<br />

por tua verda<strong>de</strong>? Lembra-te, ó Senhor, do opróbrio <strong>de</strong> teus servos; tenho<br />

mantido em meu peito todos os opróbrios <strong>de</strong> povos po<strong>de</strong>rosos; com os<br />

quais teus inimigos, ó Jehovah, te têm <strong>de</strong>sacreditado; com os quais eles<br />

têm <strong>de</strong>sacreditado as pegadas <strong>de</strong> teu Messias [ou teu Ungido]. Bendito<br />

seja Jehovah para sempre! Amém e Amém.<br />

49. On<strong>de</strong> estão, ó Senhor tuas misericórdias <strong>de</strong> outrora? O profeta<br />

se anima, evocando a memória dos antigos benefícios <strong>de</strong> Deus,<br />

como se quisesse raciocinar assim: Que Deus jamais seja inconsistente,<br />

e que, portanto, a bonda<strong>de</strong> que se manifestou nos tempos antigos<br />

aos pais não há <strong>de</strong> <strong>de</strong>saparecer. Essa comparação po<strong>de</strong>, aliás, levar<br />

os santos ao <strong>de</strong>sespero, ao <strong>de</strong>scobrirem que não são tratados por ele<br />

com a mesma doçura como os pais o foram, e nenhuma outra consi<strong>de</strong>ração<br />

não lhes vem ao mesmo tempo à memória – consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> que<br />

ele nunca muda e nunca varia no curso <strong>de</strong> sua beneficência. Quanto à<br />

segunda sentença do versículo, alguns intérpretes a conectam com a<br />

primeira, interpondo assim o relativo: On<strong>de</strong> estão tuas misericórdias<br />

<strong>de</strong> outrora, as quais tu juraste? Nisto estou <strong>de</strong> acordo; pois o sentido<br />

é quase o mesmo, embora o relativo seja omitido. Deus tinha dado<br />

provas evi<strong>de</strong>ntes e indubitáveis da veracida<strong>de</strong> do oráculo entregue<br />

a Samuel; 40 e portanto os fiéis põem diante <strong>de</strong>le as promessas e os<br />

muitos frutos benéficos <strong>de</strong>la que haviam experimentado. Na verda<strong>de</strong><br />

dizem que po<strong>de</strong>riam com mais confiança aplicar a si mesmos todos<br />

os emblemas <strong>de</strong> sua liberalida<strong>de</strong> a qual Deus outrora outorgara aos<br />

pais; pois eles tinham o mesmo motivo <strong>de</strong> esperar o exercício da bonda<strong>de</strong><br />

divina para com eles como ocorreu aos pais, quando Deus, que é<br />

imutavelmente o mesmo, jurou ser misericordioso para com a posterida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Davi em todas as eras.<br />

50. Lembra-te, ó Senhor, do opróbrio <strong>de</strong> teus servos. Novamente<br />

alegam que são mantidos em irrisão pelos ímpios – consi<strong>de</strong>ração essa<br />

que não tinha pouca influência em mover Deus à compaixão; porque,<br />

40 “De la revelation faite à Samuel.” – v.f.

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