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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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608 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

nesse exercício, e para que, após seu livramento, soubessem que o<br />

mesmo lhes fora concedido em resposta a sua fé, porque, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />

das promessas divinas, remeteram ao céu seus gemidos. Ele os chama<br />

prisioneiros, pois embora não estivessem presos com grilhões, seu<br />

cativeiro se assemelhava à mais rigorosa prisão. Sim, ele afirma um<br />

pouco <strong>de</strong>pois que foram <strong>de</strong>votados à morte, dando-lhes a enten<strong>de</strong>r que<br />

sua vida e segurança teriam sido totalmente sem esperança, caso não<br />

tivessem sido libertados da morte pelo po<strong>de</strong>r extraordinário <strong>de</strong> Deus.<br />

21. Para que o nome <strong>de</strong> Jehovah seja <strong>de</strong>clarado em Sião. Aqui<br />

se celebra um fruto ainda mais amplo e rico <strong>de</strong>sse livramento, além<br />

do previamente mencionado, a saber: que os ju<strong>de</strong>us não só seriam<br />

unidos em um só corpo para darem graças a Deus, mas que, quando<br />

regressassem a seu próprio país, também reuniriam a si reis e nações<br />

na mesma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fé e no mesmo culto divino. Naquele tempo era<br />

algo totalmente inacreditável não só que os louvores <strong>de</strong> Deus ressoassem<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um curto período, como nos dias <strong>de</strong> outrora, no mesmo<br />

templo que se achava calcinado e em completas ruínas, 22 mas também<br />

que as nações surgiriam <strong>de</strong> todos os lados e se associariam aos ju<strong>de</strong>us<br />

no serviço divino, que então se assemelhavam a cadáveres putrefatos.<br />

O profeta, com o fim <strong>de</strong> inspirar o povo com a esperança <strong>de</strong> regressar<br />

a sua própria terra, argumenta dizendo que era impossível que o lugar<br />

que Deus escolhera para si fosse <strong>de</strong>ixado em perpétua <strong>de</strong>solação; e<br />

<strong>de</strong>clara que, longe <strong>de</strong> ser esse o caso, haveria um novo motivo para se<br />

louvar a Deus, visto que seu nome seria adorado por todas as nações<br />

e a Igreja consistiria não <strong>de</strong> uma única nação, mas do mundo inteiro.<br />

Sabemos que isso se cumpriu sob a administração <strong>de</strong> Cristo, como foi<br />

anunciado em profecia pelo santo patriarca: “O cetro não se apartará<br />

<strong>de</strong> Judá, nem o legislador <strong>de</strong>ntre seus pés, até que venha Siló; e a ele<br />

se congregarão os povos” [Gn 49.10]. Mas, como os profetas costumavam,<br />

ao celebrarem o livramento do cativeiro babilônico, estendê-lo<br />

à vinda <strong>de</strong> Cristo, o poeta inspirado, neste lugar, tira proveito não só<br />

22 “Qui estoit bruslé et du tout ruiné.” – v.f.

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