31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Salmo 104 • 651<br />

permite <strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> prazeres com mo<strong>de</strong>ração, on<strong>de</strong> houver habilida<strong>de</strong><br />

para administrá-los, ou jamais participarão mesmo do pão e do<br />

vinho com uma consciência tranqüila; sim, começarão a ter escrúpulo<br />

<strong>de</strong> provar água, pelo menos jamais se chegarão à mesa a não ser<br />

com temor. Entrementes, a maior parte do mundo se engolfará nos<br />

prazeres sem discriminação, porque não consi<strong>de</strong>ram o que Deus lhes<br />

permite; pois sua paternal bonda<strong>de</strong> nos <strong>de</strong>ve ser a melhor mestra a<br />

ensinar-nos a mo<strong>de</strong>ração.<br />

[vv. 16-18]<br />

As árvores <strong>de</strong> Jehovah 12 serão saciadas; os cedros do Líbano, os quais ele<br />

plantou; pois ali as aves constroem seus ninhos; a cegonha, 13 cuja habitação<br />

é nas faias. Os montes altos são para as cabras monteses; 14 e as rochas<br />

são um lugar <strong>de</strong> refúgio para os coelhos. 15<br />

12 “Na Septuaginta temos ‘árvores do campo’; portanto, se lê yd*C* yx@u&; e ydc sendo um dos<br />

nomes do Onipotente, quando pontuado <strong>de</strong> forma diferente, assim: yd^”^, foi <strong>de</strong>pois mudado para<br />

hwhy, ‘Jehovah’, como está no texto atual. Teodoreto nota em seu tempo que o hebraico, e outros<br />

intérpretes gregos <strong>de</strong>le, tinham xu,la tou kuriou, ‘árvores do Senhor’. Assim era o hebraico dos dias<br />

<strong>de</strong> Jerônimo, o qual tem ligna Domini”. – Reeves’ Collation.<br />

13 hdysj, chasidah, a palavra original para a cegonha, vem <strong>de</strong> dsj, pieda<strong>de</strong>, beneficência, porque,<br />

diz Bythner, “a cegonha nutre, sustenta e carrega em suas costas, quando exaustos, seus<br />

pais idosos”. As cegonhas são uma espécie <strong>de</strong> aves mui numerosas na Palestina e outros países<br />

orientais. Doubdan, em seu relato <strong>de</strong> uma viagem <strong>de</strong> Caná a Nazaré na Galiléia (p. 513), assim fala<br />

<strong>de</strong>las: “Todos esses campos estavam tão cheios <strong>de</strong> bandos <strong>de</strong> cegonhas, que pareciam totalmente<br />

brancos, contando acima <strong>de</strong> mil em cada bando, e quando voam, são como nuvens. À noite repousam<br />

nas árvores.”<br />

14 “Ou, chevreux.” – v.f.m. “Ou, os cabritos.” Calvino, ao fazer duas traduções diferentes da<br />

palavra original, parece ter ficado perplexo à vista do animal em pauta. “O animal aqui em pauta”,<br />

diz Mant, “é o cabrito montês, uma espécie <strong>de</strong> cabrito selvagem, <strong>de</strong>rivando seu nome hebraico da<br />

maravilhosa maneira como ele sobe o topo das rochas mais altas, cuja capacida<strong>de</strong> os escritores<br />

sacros alu<strong>de</strong>m nas outras passagens on<strong>de</strong> a palavra ocorre da mesma forma que nesta [vejam-se<br />

1Sm 24.3; Jó 39.1].<br />

15 “Ou, connils.” – v.f.m. “Ou, os coelhos.” O nome hebraico <strong>de</strong>sse animal, /p?, shaphan, do<br />

verbo /p?, shaphan, ou /ps, saphan, ocultar, parece indicar uma criatura <strong>de</strong> disposição tímida<br />

e inofensiva. Débil e percebendo o perigo, ele busca um refúgio por entre as fendas das rochas,<br />

on<strong>de</strong> possa se ver livre <strong>de</strong> seus inimigos. A tal circunstância é que se faz alusão aqui; Salomão<br />

também faz referência a ele [Pv 30.26]: “Os coelhos são um povo débil; e contudo têm sua casa na<br />

rocha.” Destas palavras se faz evi<strong>de</strong>nte que os coelhos são gregários. Que animal em particular,<br />

pois, é indicado com esse nome? Calvino, dando ao termo original uma tradução no texto e outra<br />

diferente na margem, parece que ficou in<strong>de</strong>ciso quanto à espécie <strong>de</strong> animal requerido aqui, e neste<br />

ponto se obtém consi<strong>de</strong>rável varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> opinião. Algumas cópias da Septuaginta trazem ouriço-<br />

-cacheiro; e outros, lebre; sendo a primeira provavelmente a redação correta, quando a Vulgata<br />

concorda com ela.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!