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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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726 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

<strong>de</strong> sua própria graça que é soberana e imerecida. E como assim parece<br />

que tão-somente a perfeita observância da lei (a qual não existe em<br />

parte alguma) constitui a justiça, todos os homens <strong>de</strong>vem prostrar-se<br />

confusos diante do tribunal <strong>de</strong> Deus. Além disso, fossem nossas obras<br />

<strong>de</strong>tidamente examinadas, e se <strong>de</strong>scobriria que estão eivadas <strong>de</strong> todo<br />

gênero <strong>de</strong> imperfeição. Portanto, não temos nenhuma outra fonte senão<br />

fugir para o refúgio da soberana e imerecida misericórdia <strong>de</strong> Deus.<br />

E não só recebemos justiça pela graça através da fé, mas como a lua<br />

empresta sua luz do sol, assim a mesma fé torna justas nossas obras,<br />

porque sendo mortificadas nossas corrupções, elas [a graça e a fé]<br />

nos são computadas para justiça. E agora voltamos a Paulo. E não é <strong>de</strong><br />

uma única expressão que ele argumenta, dizendo que somos justificados<br />

soberanamente, e tão-somente pela instrumentalida<strong>de</strong> da fé, mas<br />

ele assume os mais elevados princípios, aos quais já fiz referência, a<br />

saber: que todos os homens são <strong>de</strong>stituídos <strong>de</strong> justiça, até que Deus<br />

os reconcilie consigo mesmo pelo sangue <strong>de</strong> Cristo; E que a fé é o meio<br />

pelo qual se obtêm perdão e reconciliação, porque não se obtém em<br />

parte alguma a justificação pelas obras. Daí ele mui apropriadamente<br />

conclui que somos justificados tão-somente por meio da fé. A justiça<br />

por meio das obras, porém, é como se fosse subordinada (como dizem)<br />

à justiça supramencionada, enquanto que as obras não possuem<br />

valor algum em si mesmas, exceto por pura benevolência, Deus no-las<br />

imputa para justiça.<br />

[vv. 32-39]<br />

E o provocaram à ira junto às águas da contenda, 27 <strong>de</strong> sorte que suce<strong>de</strong>u<br />

mal a Moisés por causa <strong>de</strong>les; pois entristeceram seu espírito, 28 <strong>de</strong> modo<br />

que ele falou irrefletidamente. Não <strong>de</strong>struíram as nações, como Jehovah<br />

lhes or<strong>de</strong>nara; mas se misturaram com 29 os pagãos e apren<strong>de</strong>ram suas<br />

obras. E serviram a seus ídolos; os quais propiciaram ocasião para sua ruína.<br />

E sacrificaram seus filhos e filhas aos <strong>de</strong>mônios, e <strong>de</strong>rramaram sangue<br />

27 Junto às águas <strong>de</strong> Meribá, on<strong>de</strong> “on<strong>de</strong> lutaram contra o Senhor” [Nm 20.13]. Veja-se Salmo<br />

95.8.<br />

28 “Ou, feirent rebeller.” – v.f.m. “Ou, fizeram seu espírito rebelar-se.”<br />

29 “Mas se misturaram entre”. Melhor: “Mas formaram alianças com.” – Horsley.

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