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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 105 • 687<br />

espontaneamente, feito o povo <strong>de</strong>sviar-se, não se teria requerido nem<br />

o serviço <strong>de</strong> Moisés nem os milagres. Deus, pois, <strong>de</strong>terminou que seu<br />

livramento ocorresse <strong>de</strong> tal maneira que se tornasse impossível a negação<br />

<strong>de</strong> ser ele seu Autor. Moisés é chamado servo do Senhor para<br />

ensinar-nos que ele não elegeu a si mesmo para seu ofício, e que ele<br />

nada tentou por sua própria autorida<strong>de</strong>, mas, sendo ministro <strong>de</strong> Deus,<br />

executou seu ofício para o qual fora instruído. A mesma coisa é expressa<br />

ainda mais claramente com respeito a Arão, quando <strong>de</strong>le se<br />

diz haver sido escolhido. O que se atribui a cada um <strong>de</strong>sses homens<br />

eminentes, em particular, se aplica igualmente a ambos, e por isso a<br />

sentença <strong>de</strong>ve ser explicada assim: Deus enviou Moisés e Arão, seus<br />

servos, não em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua própria aptidão intrínseca, ou em virtu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> espontaneamente lhe oferecerem seu serviço, mas porque ele os<br />

escolhera. Esta passagem nos ensina que aqueles que se engajam no<br />

serviço ativo e útil da Igreja não são preparados exclusivamente por<br />

seus próprios esforços, ou equipados para ele por seus próprios talentos,<br />

mas são estimulados e impelidos por Deus. Moisés era um homem<br />

<strong>de</strong> virtu<strong>de</strong> heróica, porém, consi<strong>de</strong>rado meramente em si mesmo, ele<br />

nada era. Conseqüentemente, o profeta levou tudo isso em conta como<br />

algo digno <strong>de</strong> ser lembrado em Moisés, bem como em Arão, para que<br />

fosse atribuído exclusivamente a Deus. Assim parece que tudo quanto<br />

os homens façam para o bem-estar da Igreja, <strong>de</strong>vem a Deus o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

efetuá-lo, o qual, <strong>de</strong> sua soberana bonda<strong>de</strong>, aprouve assim honrá-los.<br />

27. Eles puseram em seu meio as palavras <strong>de</strong> seus sinais. 22 O<br />

profeta, em primeiro lugar, em termos breves relanceia sobre aquelas<br />

coisas que Moisés <strong>de</strong>talhou em maior extensão. Tampouco segue ele<br />

a or<strong>de</strong>m dos eventos observada na história; pois ele se contenta em<br />

22 “As palavras <strong>de</strong> seus sinais – isto é, <strong>de</strong>clarações; as quais mais tar<strong>de</strong> foram confirmadas por<br />

meio <strong>de</strong> sinais.” – Cresswell. “Nesta frase”, diz Hammond, “as palavras <strong>de</strong> seus sinais ou prodígios,<br />

yrbd, palavras, parecem ser algo mais que mero pleonasmo. Deus lhes dissera quais sinais usariam,<br />

para antes convencer o povo, e então a faraó, <strong>de</strong> sua missão; e assim em cada juízo Deus or<strong>de</strong>na,<br />

e eles mostram o sinal; e assim contar ou falar <strong>de</strong> Deus a eles é propriamente yrbd, palavras,<br />

e a substância <strong>de</strong>ssas palavras expressas por wytwta, sinais ou prodígios como se fossem <strong>de</strong>le – isto<br />

é, que assim como ele dirigiu, ele também os capacitaria a agir entre o povo.”

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