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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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282 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

[vv. 1-7]<br />

Cantai jubilosamente a Deus nossa fortaleza; cantai em alta voz ao Deus <strong>de</strong><br />

Jacó. Erguei um cântico, 2 e trazei o tamborim, a harpa maviosa e o saltério. 3<br />

Fazei soar a trombeta na lua nova; no tempo <strong>de</strong>signado no dia <strong>de</strong> nosso<br />

sacrifício. 4 Porque este é um estatuto para Israel, uma lei do Deus <strong>de</strong> Jacó.<br />

Ele o pôs por testemunho em José, quando saiu pela [ou acima da] terra<br />

do Egito; eu ouvi uma linguagem que não entendia. Tirei <strong>de</strong> seus ombros<br />

a carga; suas mãos ficaram livres dos cestos. 5 Tu clamaste na angústia, e<br />

eu te livrei; te respondi no lugar oculto dos trovões; provei-te nas águas <strong>de</strong><br />

Meribá. (Selah)<br />

1. Cantai jubilosamente a Deus nossa fortaleza. Este Salmo, provavelmente,<br />

se <strong>de</strong>stinava a ser cantado nos dias <strong>de</strong> festa quando os ju<strong>de</strong>us<br />

observavam suas assembléias solenes. No exórdio se acha apresentada a<br />

or<strong>de</strong>m do culto que Deus or<strong>de</strong>nara. Não podiam ficar surdos e mudos no<br />

tabernáculo, visto que o serviço divino não consistia em indolência nem<br />

em cerimônias frias e vazias. Mas tinham que, através dos exercícios aqui<br />

prescritos, cultivar entre si a unida<strong>de</strong> da fé; fazer uma pública profissão<br />

<strong>de</strong> sua pieda<strong>de</strong>; estimular-se ao contínuo progresso nela; unir-se concor<strong>de</strong>mente<br />

no louvor divino; e, em suma, continuar firmes no sacro pacto<br />

por meio do qual Deus os adotara para si.<br />

tudo indica que sua referência é a todas essas referências”.<br />

2 “Tomai um Salmo. Ainsworth: Erguei um Salmo. Horsley diz: ‘A palavra (salmo) neste lugar<br />

<strong>de</strong>notaria algum instrumento musical.’ Mas com toda a <strong>de</strong>vida <strong>de</strong>ferência a seu senhorio, imaginar<br />

um clérigo hoje dizendo a seu organista: ‘Toque um salmo’ (uma frase bem similar), o organista o<br />

enten<strong>de</strong>ria como a dizer-lhe que tocasse um instrumento musical.” – Williams.<br />

3 Para um relato <strong>de</strong>sses instrumentos musicais, veja o Apêndice.<br />

4 Hammond traduz este versículo assim: “Tocai a trombeta no primeiro dia do mês, na lua<br />

nova, no dia <strong>de</strong> nossa festa.” “A palavra ?djb”, diz ele, “<strong>de</strong>ve ser aqui traduzida, no início do mês,<br />

<strong>de</strong> modo que hskb, que se segue, po<strong>de</strong> ser traduzida, como realmente significa, na lua nova. É<br />

verda<strong>de</strong> que à luz <strong>de</strong> ?{i*j*, novo, ?{d#j) significa indiferentemente o novilunium e o primeiro dia<br />

do mês; aqui, porém, a lua nova, sendo peculiarmente expressa por ‏,כסה para evitar tautologia,<br />

<strong>de</strong>ve ser traduzido o novo mês; ou, seja, o primeiro dia do mês. A Siríacca põe isso aqui mui הדש<br />

expressamente: ‘no início, ou primeiro do mês, e na lua nova’; o que, encontrando-se sempre junto,<br />

era festa entre os ju<strong>de</strong>us, e assim a trombeta <strong>de</strong>via ser tocada.”<br />

5 A palavra traduzida cesto era, segundo Kennicott, um gran<strong>de</strong> vaso no qual a terra era misturada<br />

e preparada para fazer tijolos. A LXX, a Vulgata, Símaco, Jerônimo, Street, Parkhurst, Ainsworth,<br />

Fry, Walford e outros traduzem a palavra original por o cesto. Parkhurst observa que cestos<br />

provavelmente po<strong>de</strong>m ser empregados tanto na condução <strong>de</strong> terra da qual se fazem tijolos, quanto<br />

também os próprios tijolos.

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