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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 87 • 381<br />

por algum tempo havia ficado <strong>de</strong>sabitada; mais tar<strong>de</strong> só foi habitada<br />

por umas poucas pessoas; por fim será povoada com uma vasta<br />

multidão. O profeta Isaías <strong>de</strong>screve mais extensamente o que aqui<br />

se promete em poucas palavras: “Canta alegremente, ó estéril, que<br />

não <strong>de</strong>ste à luz; rompe em cântico, e exclama com alegria, tu que<br />

não tiveste dores <strong>de</strong> parto; porque mais são os filhos da mulher solitária<br />

do que os filhos da casada, diz o Senhor. Amplia o lugar <strong>de</strong> tua<br />

tenda, e estendam-se as cortinas <strong>de</strong> tuas habitações; não o impeças;<br />

alonga tuas cordas e fixa bem tuas estacas. Porque transbordarás<br />

para a direita e para a esquerda; e tua <strong>de</strong>scendência possuirá os<br />

gentios e fará que sejam habitadas as cida<strong>de</strong>s assoladas” [Is 54.1-3].<br />

Ainda: “Levanta em redor teus olhos, e vê; todos estes já se ajuntaram,<br />

e vêm a ti; teus filhos virão <strong>de</strong> longe, e tuas filhas serão criadas<br />

a teu lado” [Is 60.4]. E no capítulo 44, versículo 5, nos <strong>de</strong>paramos<br />

com quase a mesma linguagem da passagem que ora temos diante<br />

<strong>de</strong> nós, ou pelo menos algo que se aproxima muito <strong>de</strong>la: “Este dirá:<br />

Eu sou do Senhor; e aquele se chamará do nome <strong>de</strong> Jacó; e aquele<br />

outro escreverá com sua mão ao Senhor, e por sobrenome tomará<br />

o nome <strong>de</strong> Israel.” Tampouco a palavra nascido é impropriamente<br />

empregada para expressar o fato <strong>de</strong> que os egípcios, os cal<strong>de</strong>us e<br />

outros semelhantes tomarão parte do povo <strong>de</strong> Deus. Embora Sião<br />

não fosse o lugar <strong>de</strong> nascimento natural, mas que tinham <strong>de</strong> ser<br />

enxertados no corpo do povo santo por meio da adoção, todavia,<br />

como o modo pelo qual nos ingressamos na Igreja é pelo segundo<br />

nascimento, esta forma <strong>de</strong> expressão é usada com gran<strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>.<br />

A condição sobre a qual Cristo <strong>de</strong>sposa os fiéis para que lhe<br />

pertençam é esta: que pertençam a seu próprio povo e à casa <strong>de</strong><br />

seus próprios pais [Sl 45.11], e que, sendo transformados em novas<br />

criaturas, e nascidos segunda vez <strong>de</strong> semente incorruptível,<br />

comecem a ser filhos <strong>de</strong> Deus, tanto quanto da Igreja [Gl 4.19]. E o<br />

ministério da Igreja, e tão-somente <strong>de</strong>la, é indubitavelmente o meio<br />

pelo qual nascemos <strong>de</strong> novo para a vida celestial. A propósito, é<br />

mister que nos lembremos da diferença que o Apóstolo apresenta

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