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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 89 • 427<br />

eles escolhera, para que não imaginassem ser necessário buscá-lo à<br />

distância; pois pelo termo santida<strong>de</strong>, não tenho dúvida, ele tem em<br />

mente o santuário. E no entanto ele jura por si mesmo e por nenhum<br />

outro; pois ao evocar o templo que <strong>de</strong>signara para ser sua se<strong>de</strong> ele<br />

não se afasta <strong>de</strong> si mesmo; mas, meramente acomodando sua linguagem<br />

a nosso ru<strong>de</strong> entendimento, jura por sua santida<strong>de</strong> que habita<br />

visivelmente na terra. Com respeito à forma elíptica do juramento,<br />

já vimos num Salmo anterior que essa era uma maneira muitíssimo<br />

comum <strong>de</strong> jurar entre os hebreus. E assim foram advertidos a que<br />

o nome <strong>de</strong> Deus não fosse usado sem a <strong>de</strong>vida consi<strong>de</strong>ração, e que,<br />

usando-o abrupta e irreverentemente, atraíssem sobre si a vingança<br />

divina. A forma abrupta e interrompida <strong>de</strong> expressão era, por assim<br />

dizer, um freio a restringi-los, dando-lhes oportunida<strong>de</strong> à reflexão.<br />

Não é incomum Deus tomar por empréstimo algo do costume corriqueiro<br />

dos homens.<br />

36. Sua <strong>de</strong>scendência durará para sempre. Segue-se então a<br />

promessa <strong>de</strong> que o direito <strong>de</strong> soberania permanecerá para sempre<br />

com a posterida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Davi. Estas duas coisas – sua prole e seu trono<br />

– vão juntas; e com essas palavras se promete a eterna duração<br />

do reino, <strong>de</strong> modo que o mesmo jamais se transfira àqueles que<br />

eram <strong>de</strong> uma raça estranha e diferente. O sol e a lua são evocados<br />

como testemunhas; pois embora sejam criaturas sujeitas ao <strong>de</strong>svanecimento,<br />

todavia possuem mais estabilida<strong>de</strong> do que a terra e<br />

o ar; estando os elementos, como já vimos, sujeitos a mudanças<br />

contínuas. Como todo este mundo inferior está sujeito a incessante<br />

agitação e mudança, apresenta-se-nos um estado <strong>de</strong> coisas mais<br />

firme no sol e na lua, para que o reino <strong>de</strong> Davi não fosse estimado<br />

segundo a or<strong>de</strong>m comum da natureza. Entretanto, visto que esse<br />

trono régeo foi abalado nos dias <strong>de</strong> Jeroboão, como já tivemos ocasião<br />

<strong>de</strong> observar, e mais tar<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>rrubado e <strong>de</strong>struído, segue-se<br />

que esta profecia não po<strong>de</strong> limitar-se a Davi. Pois ainda que, por<br />

fim, a majesta<strong>de</strong> externa <strong>de</strong>sse reino chegasse ao fim sem esperança<br />

<strong>de</strong> ser restabelecido, o sol não cessou <strong>de</strong> brilhar <strong>de</strong> dia, nem a lua

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