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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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426 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

porventura lancem no caminho; pois ele lutará contra seus pecados,<br />

para que por meio <strong>de</strong>les o fruto <strong>de</strong> sua bonda<strong>de</strong> não seja impedido <strong>de</strong><br />

alcançá-los. Quando os ju<strong>de</strong>us, por sua ingratidão e traição, se revoltaram<br />

contra ele, o pacto não foi anulado em função <strong>de</strong> estar fundado<br />

na perfeita imutabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua natureza. E ainda quando, nos dias<br />

atuais, nossos pecados subam até o céu, a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus não <strong>de</strong>ixa<br />

<strong>de</strong> subir acima <strong>de</strong>les, visto estar ela infinitamente acima dos céus.<br />

35. Uma vez jurei por minha santida<strong>de</strong>. Deus agora confirma<br />

por meio <strong>de</strong> um juramento o que previamente dissera haver prometido<br />

a Davi; do que transparece não ser uma questão <strong>de</strong> pouca<br />

importância. Sendo certo que Deus não interporia seu santo nome<br />

em referência ao que não era <strong>de</strong> nenhuma conseqüência. É um<br />

emblema <strong>de</strong> singular benignida<strong>de</strong> para ele, ao ver-nos propensos<br />

à <strong>de</strong>sconfiança, provi<strong>de</strong>nciar um antídoto contra a mesma <strong>de</strong> uma<br />

forma tão clemente. Temos, pois, tão menos escusa se não abraçarmos,<br />

com verda<strong>de</strong>ira e inabalável fé, sua promessa que é tão<br />

contun<strong>de</strong>ntemente ratificada, já que em seu profundo interesse<br />

por nossa salvação ele não subtrai seu juramento, para que <strong>de</strong>mos<br />

total crédito a sua palavra. Se não consi<strong>de</strong>rarmos sua promessa<br />

como suficiente, ele acrescenta seu juramento, por assim dizer,<br />

como um penhor. A expressão, uma vez, 32 <strong>de</strong>nota que o juramento<br />

é irrevogável, e que, portanto, não temos a mínima razão para ficar<br />

apreensivos <strong>de</strong> haver nele alguma inconstância. Ele afirma que jura<br />

por sua santida<strong>de</strong>, porque não se podia achar alguém maior que ele<br />

por quem pu<strong>de</strong>sse jurar. Ao jurar por si mesmo, nós o constituímos<br />

nosso Juiz e o colocamos como soberano sobre nós, ainda quando<br />

ele é nosso soberano por natureza. Para ele é uma maneira mais<br />

enfática <strong>de</strong> expressão dizer por minha santida<strong>de</strong> do que se dissesse<br />

por mim mesmo, não só porque ela manifesta e exalta sua glória,<br />

mas também porque é muito mais a<strong>de</strong>quado para a confirmação da<br />

fé chamar <strong>de</strong> volta, como faz, os fiéis à habitação terrena que para<br />

32 “Uma vez – enfático; não necessita ser reiterado, nem o será.” – Walford.

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