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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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412 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

visão <strong>de</strong> seu fim. Ele sabia que foi somente em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo que<br />

Deus fez <strong>de</strong>rramar seu favor sobre a cabeça da Igreja, e daí sobre a<br />

cabeça <strong>de</strong> todo o corpo. E, em primeiro lugar, embora ele <strong>de</strong>nomine o<br />

rei, em termos metafóricos, <strong>de</strong> escudo – expressão figurativa amiú<strong>de</strong><br />

empregada na Escritura –, ele confessa que quando o povo é <strong>de</strong>fendido<br />

por sua mão e operação, não obstante isso é feito pela providência<br />

divina, e assim po<strong>de</strong>-se indicar uma fonte mais sublime que a mera<br />

agência humana. A mesma coisa se reitera novamente na segunda<br />

sentença, on<strong>de</strong> se afirma que o rei foi dado por Deus para governar<br />

o povo; e que, portanto, a <strong>de</strong>fesa que proce<strong>de</strong> do rei é bênção que<br />

proce<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. Além do mais, precisamos recordar que o que se diz<br />

<strong>de</strong>sse reino, que era uma sombra <strong>de</strong> algo maior, propriamente se aplica<br />

à pessoa <strong>de</strong> Cristo, que o Pai nos <strong>de</strong>u para ser o guardião <strong>de</strong> nosso<br />

bem-estar, para que sejamos sustentados e <strong>de</strong>fendidos por seu po<strong>de</strong>r.<br />

[vv. 19-23]<br />

Então falas em visão a teus humil<strong>de</strong>s, 18 e dizes: Pus o socorro sobre um<br />

que é po<strong>de</strong>roso; eu exaltei um escolhido do meio do povo. Achei a Davi,<br />

meu servo; com santo óleo [literalmente, com o óleo <strong>de</strong> minha santida<strong>de</strong>]<br />

eu o ungi. Portanto, minha mão será estabelecida com ele; meu braço também<br />

o fortalecerá. O inimigo não o arrancará, 19 nem o filho da iniqüida<strong>de</strong><br />

o afligirá. E eu quebrarei em pedaços seus opressores diante <strong>de</strong> sua face; e<br />

ferirei os que o o<strong>de</strong>iam.<br />

19. Então falas em visão a teus humil<strong>de</strong>s. O salmista então <strong>de</strong>clara<br />

mais extensamente por que dissera que o rei, posto sobre o povo<br />

escolhido para a preservação do bem público, lhes foi dado do céu;<br />

ou, seja, porque ele não o escolhera por meio dos sufrágios humanos,<br />

nem usurpara <strong>de</strong> sua própria mão o supremo po<strong>de</strong>r, nem se insinuara<br />

nele por meio <strong>de</strong> artes corruptas, mas foi eleito por Deus para ser o<br />

instrumento da manutenção do bem público e cumpriu os <strong>de</strong>ves <strong>de</strong><br />

18 A palavra na Bíblia Hebraica para “teus humil<strong>de</strong>s” está no singular; nas versões antigas,<br />

porém, e em sessenta e três manuscritos da coleção do Dr. Kennicott, e setenta e um <strong>de</strong> De Rossi,<br />

está no plural.<br />

19 “L’ennemi n’aura puissance sur luy.” – v.f. “O inimigo não terá po<strong>de</strong>r sobre ele.”

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