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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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76 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

zenteiro e fértil. Essa opinião é provavelmente das duas a mais correta.<br />

É <strong>de</strong>snecessário aqui observar quão insensatamente esta passagem<br />

tem sido torcida na Igreja <strong>de</strong> Roma. Incensam este versículo como<br />

sendo ele uma referência aos filósofos ou sábios que foram adorar a<br />

Cristo; como se, aliás, estivesse no po<strong>de</strong>r dos filósofos fazer reis num<br />

piscar <strong>de</strong> olhos; e, além disso, o direito <strong>de</strong> mudar os quatro cantos do<br />

mundo, fazendo que o leste seja o sul ou o oeste.<br />

11. E todos os reis se prostrarão diante <strong>de</strong>le. Este versículo contém<br />

uma afirmação muito distinta da verda<strong>de</strong>: para que o mundo todo<br />

seja conduzido em sujeição à autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo. O reino <strong>de</strong> Judá<br />

inquestionavelmente nunca floresceu mais do que sob o reinado <strong>de</strong><br />

Salomão; mas ainda assim houve apenas um pequeno número <strong>de</strong> reis<br />

que lhe prestaram homenagem, e a que prestaram foi numa equivalência<br />

inconsi<strong>de</strong>rada; e, além do mais, foi prestada numa condição que<br />

lhes permitiria viver no <strong>de</strong>sfruto da liberda<strong>de</strong> sob suas próprias leis.<br />

Enquanto Davi, pois, começou com seu próprio filho e a posterida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ste, ele apontava, pelo Espírito <strong>de</strong> profecia, para o reino espiritual<br />

<strong>de</strong> Cristo; ponto este digno <strong>de</strong> nossa especial atenção, visto nos ensinar<br />

ele que não foi por acaso que fomos chamados à esperança da<br />

salvação eterna, mas porque nosso Pai celestial já havia <strong>de</strong>terminado<br />

dar-nos seu Filho. Deste fato também apren<strong>de</strong>mos que, na Igreja e rebanho<br />

<strong>de</strong> Cristo, há lugar para os reis, a quem Davi aqui não <strong>de</strong>sarma<br />

<strong>de</strong> suas espadas nem os <strong>de</strong>spojam <strong>de</strong> suas coroas para que sejam admitidos<br />

na Igreja, mas, antes, <strong>de</strong>clara que virão com toda a dignida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> sua condição prostrar-se aos pés <strong>de</strong> Cristo.<br />

[vv. 12-15]<br />

Porque ele livrará o pobre quando clamar-lhe; e o aflito que não tem ninguém<br />

que o socorra. Ele apiedar-se-á do pobre e indigente; e salvará as<br />

almas [ou vidas] dos pobres. Redimirá suas almas da frau<strong>de</strong> e da violência;<br />

e seu sangue será precioso a seus olhos. E viverá; e lhe será dado do ouro<br />

<strong>de</strong> Sabá; e far-se-á oração contínua por ele, e diariamente será abençoado.<br />

Mar Vermelho.” – Hewlett.

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