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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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522 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

uma aplicação imprópria em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> estarem eles junto a Deus;<br />

e ainda mais, por conta <strong>de</strong> serem eles consi<strong>de</strong>rados não menos que<br />

<strong>de</strong>uses por pessoas que excessiva e supersticiosamente os exaltam.<br />

Se os próprios anjos celestiais <strong>de</strong>vem ren<strong>de</strong>r-se diante da majesta<strong>de</strong><br />

do Deus único, seria o cúmulo da indignida<strong>de</strong> compará-lo com <strong>de</strong>uses<br />

que não passam <strong>de</strong> meras ficções do cérebro [humano]. Como prova<br />

<strong>de</strong> sua gran<strong>de</strong>za, ele nos convida a olharmos para a forma que ele <strong>de</strong>u<br />

ao mundo, a qual ele <strong>de</strong>clara ser a obra das mãos <strong>de</strong> Deus e sujeita<br />

a seu po<strong>de</strong>r. Esta é uma razão geral por que Deus <strong>de</strong>ve ser louvado, a<br />

saber: que ele claramente manifesta sua glória na criação do mundo<br />

e quer que o reconheçamos no governo do mesmo. Ao dizer ele que<br />

as profun<strong>de</strong>zas da terra estão em sua mão, o significado consiste em<br />

que ela é governada por sua providência e está sujeita a seu po<strong>de</strong>r. Alguns<br />

traduzem os limites da terra, porém a palavra significa abismos ou<br />

profun<strong>de</strong>zas, como oposto a as alturas dos montes. A palavra hebraica<br />

significa propriamente profundo.<br />

[vv. 6, 7]<br />

Vin<strong>de</strong>, adoremos e prostremo-nos; 5 ajoelhemos diante da face <strong>de</strong> Jehovah<br />

nosso Criador. Porque ele é o nosso Deus, e nós o povo <strong>de</strong> seu pastoreio e<br />

o rebanho <strong>de</strong> sua mão; se hoje ouvir<strong>de</strong>s sua voz.<br />

6. Vin<strong>de</strong>, adoremos. Agora que o salmista convida o povo eleito<br />

<strong>de</strong> Deus ao exercício da gratidão, pois aquela preeminência entre<br />

as nações ele a conferiu a eles no exercício <strong>de</strong> seu soberano favor,<br />

sua linguagem se torna mais veemente. Deus nos supre com amplos<br />

motivos <strong>de</strong> louvor quando nos reveste com distinção espiritual e nos<br />

promove a uma preeminência acima do resto da humanida<strong>de</strong>, sobre<br />

a qual não repousa nenhum mérito propriamente nosso. Em três termos<br />

sucessivos ele expressa um <strong>de</strong>ver singular que está a cargo dos<br />

filhos <strong>de</strong> Abraão, aquele <strong>de</strong> um total <strong>de</strong>votamento <strong>de</strong> si a Deus. O culto<br />

5 “Isto é, ao ponto <strong>de</strong> tocar o chão com a fronte, enquanto o adorador se prostra sobre suas<br />

mãos e joelhos [veja-se 2Cr 7.3].” – Fry.

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