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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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534 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

razão para serem proibidos, com um juramento, <strong>de</strong> entrar na terra.<br />

À medida que multiplicavam suas provocações, fazia-se ainda mais<br />

evi<strong>de</strong>nte que, sendo incorrigíveis, foram merecidamente eliminados<br />

do <strong>de</strong>scanso <strong>de</strong> Deus. 28 O significado seria mais claro com a leitura<br />

no mais-que-perfeito: eu jurara. Pois Deus já os havia privado da herança<br />

prometida, havendo assinalado <strong>de</strong> antemão sua má conduta<br />

diante daquele que por eles lutava. Já chamei a atenção, em outra parte,<br />

para a explicação que é dada para a forma elíptica em que ocorre<br />

o juramento. 29 A terra <strong>de</strong> Canaã é chamada o <strong>de</strong>scanso <strong>de</strong> Deus em<br />

alusão à promessa. Abraão e sua posterida<strong>de</strong> tinham sido peregrinos<br />

nela até que chegou a plenitu<strong>de</strong> do tempo para que tomassem posse<br />

<strong>de</strong>la. O Egito tinha sido um asilo temporário e, por assim dizer, um<br />

lugar <strong>de</strong> exílio. Ao preparar a radicação dos ju<strong>de</strong>us, <strong>de</strong> acordo com<br />

sua promessa, em seu legítimo patrimônio <strong>de</strong> Canaã, Deus po<strong>de</strong>ria mui<br />

a<strong>de</strong>quadamente chamá-la <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso. Não obstante, a palavra <strong>de</strong>ve<br />

ser tomada no sentido ativo; sendo esse o gran<strong>de</strong> benefício que Deus<br />

conce<strong>de</strong>ra, a saber: que os ju<strong>de</strong>us <strong>de</strong>viam habitar ali, como sendo seu<br />

próprio solo nativo e numa habitação tranqüila. Po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ter-nos<br />

por um momento aqui e comparar o que o apóstolo afirma no terceiro<br />

e quarto capítulos <strong>de</strong> sua Epístola aos Hebreus, com a passagem<br />

que ora jaz diante <strong>de</strong> nossos olhos. Que o apóstolo segue a versão<br />

grega não <strong>de</strong>ve causar surpresa. Nem <strong>de</strong>ve ele ser consi<strong>de</strong>rado como<br />

28 “Satis superque innotuit, quia corrigi nullo modo poterant, non temere fuisse abdicatos a<br />

requie Dei.” – v.l.<br />

29 Veja-se o comentário aos <strong>Salmos</strong> 27.13 e 89.35. “Os hebreus usavam

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