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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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718 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

[vv. 23-27]<br />

E ele disse que os <strong>de</strong>struiria, não houvera Moisés, seu escolhido, ficado<br />

diante <strong>de</strong>le na brecha, para <strong>de</strong>sviar sua indignação, para que os não <strong>de</strong>struísse.<br />

E <strong>de</strong>sprezaram a terra aprazível, e não <strong>de</strong>ram ouvidos à voz <strong>de</strong><br />

Jehovah. E ele ergueu sua mão contra eles para os <strong>de</strong>struir no <strong>de</strong>serto;<br />

e para <strong>de</strong>struir sua semente entre os pagãos e os dispersar por todas as<br />

terras. 18<br />

23. E ele disse. O profeta nos informa, com essas palavras, que<br />

o povo tinha um senso comum <strong>de</strong> que seu extraordinário livramento<br />

impediria a <strong>de</strong>struição, simplesmente por meio <strong>de</strong> oração, a qual,<br />

por algum tempo, restringiu a abrasadora vingança <strong>de</strong> Deus contra<br />

eles. Em um tempo bem curto, contudo, voltaram a sua disposição<br />

mental costumeira, uma chocante prova da terrível perversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> seus corações. Para representar quão profundamente Deus fora<br />

ofendido, o profeta diz que ele se propôs <strong>de</strong>struir os transgressores;<br />

não que Deus esteja sujeito a paixões humanas, sentindo-se irado<br />

por pouco tempo e imediatamente a seguir sendo apaziguado,<br />

muda seu propósito. Pois Deus, em seu conselho secreto, <strong>de</strong>terminara<br />

sobre seu perdão, ainda quando realmente os perdoou. O<br />

profeta, porém, faz menção <strong>de</strong> outro propósito, pelo qual Deus <strong>de</strong>signara<br />

golpear o povo com terror, para que, chegando a conhecer e<br />

a reconhecer a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> seu pecado, se sentisse humilhado por<br />

essa conta. Este é aquele arrependimento tão amiú<strong>de</strong> referido nas<br />

18 Alguns intérpretes, como Mudge e Horsley, têm sentido gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> na interpretação<br />

<strong>de</strong>ste versículo. “Nada”, diz o último crítico, “se diz sobre aniquilar a semente, no tempo em<br />

que os adultos que saíram do Egito foram sentenciados a perecer no <strong>de</strong>serto. Ao contrário, foi<br />

prometido que seus pequenos, isto é, os que tinham menos <strong>de</strong> vinte anos no tempo da chamada<br />

geral, se estabeleceriam na terra <strong>de</strong> Canaã [Nm 14].” Acrescenta ainda: “nada se diz no tempo<br />

aludido sobre a dispersão da semente que seria estabelecida em Canaã, em algum período futuro,<br />

pelas terras.” E conclui sua nota sobre o versículo observando que, no todo, não po<strong>de</strong>ria explicá-<br />

-lo satisfatoriamente. Mas tudo indica que, nesta passagem, está em pauta aquelas <strong>de</strong>núncias<br />

proféticas mais tar<strong>de</strong> pronunciadas, por meio das quais Deus ameaçou que puniria os pecados<br />

dos israelitas, não só em suas próprias pessoas, mas também em sua posterida<strong>de</strong> – <strong>de</strong>núncias<br />

que se têm cumprido nos dias atuais [Lv 26.33; Dt 28.64]. “É óbvio”, diz o Dr. Morison, “que esses<br />

intérpretes estão equivocados quando fazem com que as alusões do versículo 27 indiquem a<br />

mesma história do versículo 26. As pessoas subvertidas no <strong>de</strong>serto tinham <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>struídas por<br />

pestilência; mas a <strong>de</strong>struição ameaçada no versículo 27 seria por meio <strong>de</strong> banimento e cativeiro.”

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