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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 85 • 343<br />

toda tua ira; retroce<strong>de</strong>ste a fúria <strong>de</strong> tua indignação. Torna a trazer-nos, ó<br />

Deus <strong>de</strong> nossa salvação, e faz cessar tua ira contra nós.<br />

1. Favoreceste, ó Jehovah, tua terra. Os que traduzem essas<br />

palavras no tempo futuro, em minha opinião, <strong>de</strong>sfiguram seu significado.<br />

É provável que este Salmo se <strong>de</strong>stinasse a ser cantado pelo<br />

povo quando fossem perseguidos pela cruel tirania <strong>de</strong> Antíoco; e<br />

a partir do livramento operado em seu favor no passado, eram encorajados<br />

a esperar no futuro, emblemas vigorosos e contínuos do<br />

favor divino – havendo Deus com isso testificado que seus pecados,<br />

por mais numerosos e graves fossem eles, não podiam apagar<br />

<strong>de</strong> sua memória a lembrança <strong>de</strong> sua aliança, ao ponto <strong>de</strong> torná-lo<br />

inexorável para com os filhos <strong>de</strong> Abraão e surdo para com suas<br />

orações. 3 Não tivessem eles previamente experimentado provas tão<br />

marcantes da benevolência divina, necessariamente teriam sido esmagados<br />

sob o fardo <strong>de</strong> suas atuais aflições, especialmente por tão<br />

longa duração. Atribuíam a causa <strong>de</strong> seu livramento do cativeiro ao<br />

gracioso amor com que Deus tinha abraçado a terra que para si escolhera.<br />

Do que se <strong>de</strong>duz que o curso <strong>de</strong> seu favor era ininterrupto;<br />

e os fiéis também eram inspirados com confiança, em oração, mediante<br />

a reflexão <strong>de</strong> que, cônscios <strong>de</strong> sua escolha, ele se mostrara<br />

misericordioso para com sua própria terra. Em outro lugar tivemos<br />

a ocasião <strong>de</strong> observar que nada contribui mais efetivamente para<br />

animar-nos a chegar ao trono da graça do que a lembrança dos benefícios<br />

anteriores <strong>de</strong> Deus. Nossa fé imediatamente sucumbiria<br />

sob a adversida<strong>de</strong>, e a dor <strong>de</strong>stroçaria nosso coração, não fôssemos<br />

instruídos a <strong>de</strong>scansar na experiência do passado, a saber: que ele<br />

vará sobre si todas as iniqüida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>les à terra solitária; e <strong>de</strong>ixará o bo<strong>de</strong> no <strong>de</strong>serto’), mostra que<br />

tinham que levar seus pecados com eles à terra <strong>de</strong> seu cativeiro, implícito por a terra <strong>de</strong> separação,<br />

qualquer que fosse essa terra, a Providência divina havia <strong>de</strong>signado para ali sua <strong>de</strong>portação.<br />

Portanto agora, regressando dali, seus pecados, pelos quais foram assim castigados, tinham que<br />

<strong>de</strong>ixar atrás <strong>de</strong> si, não mais sendo lançados em sua conta, se sua volta a seus pecados anteriores<br />

não os fizesse ter novamente na lembrança.”<br />

3 “Ne faire qu’il ne fust enclin à pitié envers les enfans d’Abraham pour exaucer leurs prieres.”<br />

– v.f.

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